A folha salarial do Clube do Remo é a maior do Campeonato Paraense. Embora sem confirmação dos valores oficias, o elenco custa mensalmente cerca de R$ 550 mil. Para cumprir o pesado compromisso, a diretoria azulina conta com a arrecadação oriunda, principalmente, da receita de patrocínios e do valor obtido pelas rendas dos jogos. É justamente esta segunda fonte de receitas que gerou uma declaração do presidente Zeca Pirão.
De acordo com o mandatário azulino, o clube faz um esforço para manter os salários em dia. Segundo ele, além da folha salarial dos jogadores do clube, também estão sendo pagos os salários referentes aos funcionários. “Os salários estão todos em dias. Estamos pagando jogadores e funcionários”, disse Pirão.
O presidente, no entanto, condicionou o pagamento em dia a boa receita de jogos, o que pode se tornar “água” na hipótese de o Remo ser eliminado na fase da semifinal da Taça Estado do Pará. “Só espero que eles (jogadores) honrem isso e correspondam, porque se eles não ganharem, a torcida não vai e não tem como pagar. É preciso jogar futebol, para a torcida ir ao estádio e ter dinheiro para pagar os salários”, disse Pirão.
A declaração ocorreu dois dias depois da queda do time, em Tucuruí, diante do Independente. O Galo Elétrico surpreendeu ao aplicar uma goleada de 3 a 0 e abriu larga vantagem para ir à final do returno. Se o Leão for eliminado na semifinal do returno, só voltará a jogar a Taça Acaí, que é a final do Parazão, sem datas oficializadas, até o momento.
“Algumas desculpas foram dadas, mas não representam justificativa para pegar 3 gols. O treinador foi coerente, assumiu responsabilidade e erros de escalação de jogadores. Disse que não vai acontecer mais”, comentou Pirão, sobre o momento da equipe.
Amazônia, 23/04/2014