Alguns torcedores remistas não estão satisfeitos com a nova camisa do clube, lançada na noite desta sexta-feira (06/02) pela Umbro, na festa de 110 anos da instituição. Parte da torcida está reclamando da posição da âncora, a quantidade de estrelas que estão ao redor e a corda introduzida no desenho.
De acordo com os torcedores, o distintivo não é fiel ao Estatuto do clube. As críticas à nova camisa estão nas redes sociais, principalmente na página da fornecedora inglesa Umbro.
O diretor de marketing do Remo, José Lucas, informou que ainda não recebeu nenhuma reclamação sobre o assunto e disse que um estudo sobre o distintivo foi feito antes da confecção do uniforme.
O professor e torcedor remista Ítalo Costa foi o responsável para resgatar essa história do clube. “Analisei diversos materiais até chegar ao distintivo de hoje. Foi muito difícil conseguir registros tão antigos, mas acabei recebendo uma foto que me ajudou muito”, explicou. Na imagem recebida, aparece uma atleta com o distintivo no peito. Uma âncora rodeada por 13 estrelas fazem parte símbolo.
O Estatuto de 1905 diz que “a bandeira do Clube do Remo se comportará d’um retângulo azul-marinho, tendo ao centro uma âncora branca, em sentido oblíquo, circulada por 13 estrelas da mesma cor”. Porém, na imagem da atleta, a âncora está postada de forma vertical.
“A partir da fotografia, resolvemos fazer a renovação do escudo, já que a imagem não condiz com o que estava no Estatuto. Propus então convencionar o tombamento da âncora para o lado esquerdo, o lado do coração”, contou.
Sobre a corda, Ítalo explicou que a camisa foi feita a partir de conceitos da moda e estilismo, o que não significa que tem que ser uma cópia real do escudo original, já que é uma homenagem. A nova camisa azulina tem apenas 12 estrelas.
“Realmente, o escudo possui 13 estrelas. Naquela época, a astronomia regia muito as coisas, principalmente o esporte, que acreditava na rota com as posições das estrelas. O número 13 pode ser superstição, já que historicamente não há explicação sobre a quantidade de estrelas”, finalizou.
Diário Online, 06/02/2015