Já adaptado ao Paysandu, o volante Jhonnatan – formado e profissionalizado no Remo – ajuizou uma ação na Justiça Trabalhista contra o Leão, mas audiência, que estava marcada para esta segunda-feira (11/05), foi adiada para o dia 17/06, na 5ª Vara do Tribunal da 8ª Região do Pará.
No processo, Jhonnatan pede R$ 400 mil por indenização diante do atraso de salários. Para o diretor jurídico do Leão, André Meira, porém, o caso é reversível.
“Temos muitos argumentos em várias áreas do processo para discutir. Temos todas as condições para buscar a absolvição ou, pelo menos, a redução deste valor. Queremos fazer com o Remo, se tiver de pagar algo par ao jogador, pague somente o justo”, disse.
O processo de Jhonnatan entrou no montante que resulta em uma dívida de aproximadamente R$ 15 milhões que o Clube do Remo tem na Justiça Trabalhista. O maior credor azulino segue sendo de Thiago Belém, que jogou no Leão em 2005 e sustenta um processo pedindo R$ 1,5 milhão.
Para tentar reduzir o total de dívidas remistas no Tribunal, Meira fez um acordo para a Justiça bloquear 30% das rendas das bilheterias, o que já aconteceu na reta final dos jogos do Parazão e da Copa Verde. O próximo passo será de deixar 50% dos patrocínios para este mesmo fim.
“Nós já fizemos o pedido para que o Tribunal aceite esta proposta. O objetivo é reduzir este total de dívidas de uma forma que o clube consiga ter um respiro financeiro, porque começamos o ano com tudo sendo bloqueado”, contou.
Entre os aspectos do acordo está a obrigação do Remo em cumprir com o pagamento das quantias destinadas ao bloqueio e não deixar com que novos processos aconteçam. Por outro lado, a Justiça ficaria impossibilitada de colocar patrimônios do clube em leilão.
ORM News, 11/05/2015
