Um ditado popular diz que, em uma guerra, se há a chance de liquidar o inimigo, não pode haver desperdício, senão esse mesmo inimigo pode voltar e liquidar o oponente. O time do Clube do Remo sentiu na pele a dureza desse ditado, no jogo de ida da semifinal do Campeonato Brasileiro da Série D, contra o Botafogo (SP), em Ribeirão Preto (SP).
“As duas equipes procuraram o gol. Tivemos várias oportunidades para matar o jogo e não matamos. Eles, em uma infelicidade entre Fernando Henrique e Ciro Sena, que não sabiam se saíam ou ficavam, fizeram o gol”, lamentou o técnico Cacaio.
Apesar de não condenar os substitutos, o treinador apontou que a característica que Eduardo Ramos traz ao time fez falta. Já na posição de Levy, Cacaio revelou que testou Ciro Sena, na defesa, e Felipe Macena, no apoio, e a partir do momento em que o time precisou atacar, encontrou dificuldades para compor o setor. O técnico cancelou a entrada de Gabriel para colocar o atacante Sílvio, que não rendeu o esperado.
“Ciro estava fazendo bem a lateral. Se coloco o Gabriel, Ciro ficava sem função. Coloquei o Sílvio para fazer a função que o Levy vinha fazendo, porque nós ganharíamos tanto na marcação quanto na saída de bola. Infelizmente, não conseguimos fazer isso. Tanto o Sílvio quanto o Léo Paraíba não entraram bem pelo lado do campo e nós sofremos um pouco mais”, analisou o comandante azulino.
Para o jogo de volta, Cacaio, a princípio, não esconde: quem ficou de fora, volta para o time. “Eduardo Ramos e Levy são titulares. Max depende da condição física. Se estiver em condições, joga também”, garantiu.
Sobre o substituto de Chicão, que recebeu o terceiro cartão amarelo, o técnico também não escondeu. “Temos o Felipe Macena que vem jogando muito bem, entrou bem e será o nosso titular”, encerrou.
Diário do Pará, 27/10/2015