O presidente da Federação Paraense de Futebol, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, foi eleito vice-presidente da CBF, na cadeira que estava vaga com o impedimento de José Maria Marin, que cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos.
Nunes foi eleito com 44 votos a favor, 3 votos contrários e 3 em branco. Houve 5 abstenções – das Federações da Bahia, de Alagoas e de Santa Catarina, além de 2 clubes – Bahia (BA) e CRB (AL). No total, 55 entidades compareceram à Assembleia Geral, e 12 faltaram. Têm direito a voto as 27 Federações, mais os 20 clubes da Série A e os 20 da Série B.
Coronel Nunes fez um breve discurso, disse que o momento é de clubes e Federações dividirem responsabilidades e de refletir sobre o futebol brasileiro. Ele se torna, nesse momento, o vice-presidente mais velho da CBF e, estatutariamente, é quem assumiria a presidência em caso de impedimento de Marco Polo Del Nero, investigado pelo Comitê de Ética da Fifa e pelo FBI.
O paraense tem 77 anos e é visto como peça de uma manobra para manter o grupo político de Del Nero no poder. Com o pedido de licença do presidente, ele teve o direito de indicar, entre os vices, o seu substituto. Escolheu Marcus Vicente, deputado federal (PP-ES) e ex-presidente da Federação Capixaba. No entanto, caso seja punido pela Fifa e afastado do cargo na CBF, seria substituído por um adversário político, Delfim Peixoto, de 74 anos, presidente da Federação Catarinense.
A candidatura e, agora, a eleição de Nunes, foram o contragolpe de Del Nero e das Federações que o apoiam. O “Coronel” tinha o pré-requisito ideal para o cargo: é mais velho do que Delfim.
ORM News, 16/12/2015