Como não conseguiu chegar à final da Série D do Campeonato Brasileiro, o Clube do Remo começa a famosa “operação rescaldo”, avaliando jogadores para temporada de 2016, que deve começar no mês de janeiro, com o Campeonato Paraense. Muitos que participaram da temporada deste ano não ficam. Não por seus desejos, mas pelo padrão salarial.
O presidente Manoel Ribeiro tem dito que o clube está pagando salários bem distantes da realidade financeira da agremiação. Daí, existe um trabalho para enxugamento salarial no Leão Azul, cuja folha mensal é de quase R$ 500 mil – jogadores e comissão técnica. A dificuldade de manter o pagamento em dia faz a diretoria partir para redução salarial.
Com os jogos no Mangueirão, o clube conseguiu atenuar a dívida com o plantel e atualmente deve os meses de setembro (metade) e outubro (que ainda não venceu de fato). Sem renda devido à eliminação, a diretoria vai procurar outros meios para o pagamento dos atletas. A temporada azulina foi salva com o acesso à Série C e, além disso, o clube sagrou-se bicampeão paraense.
Não há reapresentação marcada, mas os jogadores devem comparecer ao Baenão para resolver os problemas financeiros com a diretoria. O meia Eduardo Ramos disse depois do jogo que vai permanecer na capital até quarta-feira (04/11), prazo para discutir seu futuro. O meia já confirmou ter uma proposta bem vantajosa para jogar no exterior e acha difícil o Remo cobrir a oferta.
“Tenho grande afeição pelo clube e pela torcida e gostaria de permanecer para a campanha do tricampeonato, mas sou jogador profissional e preciso fazer o que é melhor para minha carreira. Quero resolver a situação o mais rápido possível”, ressalta.
O atacante Léo Paraíba tem convite para retornar ao futebol amazonense, de onde veio para o Baenão. “Está cedo para comentar minha situação. Espero ter uma conversa com a diretoria e ver qual é a melhor solução. Tenho vontade de jogar mais uma temporada pelo Remo, mas quem decide são os dirigentes”, assinalou.
Amazônia, 03/11/2015