Baenão
Baenão

Se não terá, a curto prazo, uma arena padrão Fifa, como desejava-se até o ano passado, pelo menos o Clube do Remo pode sonhar com uma casa digna. Se depender dos esforços de alguns setores da direção, em conjunto com a iniciativa de grupos de torcedores, as obras tendem a acelerar a pequena modernização, suficiente ao menos para levar alguns jogos da Série D.

De acordo com o diretor de estádio do Remo, Helder Cabral, o clube carece de recursos e, por esse motivo, a única maneira de conseguir tocar uma obra emergencial é investindo “na marra”.

“Terça-feira (19/05) vamos começar e, contando com esse dinheiro, vamos meter a cara. É importante abrir essa campanha para a torcida, que também quer e pode nos ajudar de outras maneiras”, explica.

Em um valor aproximado, mas não oficial, revitalizar as partes mais desgastadas do Baenão pode compreender esforços financeiros na ordem de R$ 250 mil, que seriam arrecadados através de doações e vendas de uma nova rodada de vidros temperados, em substituição aos antigos, onde muitos já apresentam problemas e alguns locais já nem possuem mais o blindex.

Ao todo, são 120 folhas de vidros temperados que serão vendidos por R$ 1 mil a unidade, com dois nomes por folha, a exemplo do que fez o rival Paysandu. Pensando nisso, o presidente Pedro Minowa também resolveu contribuir à sua maneira, no projeto como um todo, orçado em aproximadamente R$ 500 mil.

“Tenho um terreno em um condomínio em Ananindeua que recebi como pagamento. Na época, ele valia R$ 390 mil e a construtora que deve trabalhar no Baenão mostrou interesse nele, daí posso vender por um valor, digamos, R$ 260 mil, o que já seria metade do valor total”, revela.

“Assim, em 2016, quando iniciarmos de fato a construção dos camarotes, o estádio já terá uma boa estrutura”, termina.

[colored_box color=”yellow”]Último jogo no Baenão foi há mais de um ano

Prestes a iniciar a disputa da Série D, o Remo bem que poderia contar com sua casa, onde tradicionalmente recebe o apoio da torcida, mas com alguns problemas estruturais graves, o Baenão, onde o time não joga desde o dia 01/05/2014, precisa de uma revitalização completa para receber partidas oficiais, problema que a diretoria quer resolver agora, com a folga entre o Parazão e a Série D.

Embora os problemas sejam grandes, a esperança de que o Remo possa mandar seus jogos no Baenão cresce na mesma proporção. “Ainda não temos previsão de quando voltamos para casa. Vamos tentar alguns jogos da Série D, mas só jogo de dia, porque não temos refletores e nem fiação elétrica. Se formos fazer isso, será um dinheiro em vão, porque na hora de levantar as cadeiras e camarotes, elas teriam que ser derrubadas”, comenta o presidente Pedro Minowa.

Assim, ele espera começar pela parte mais simples e importante para o recebimento dos jogos. “O Helder Cabral, que está à frente desse projeto, me disse que as obras devem começar nesta terça-feira (19/05). Vamos trabalhar na parte mais necessitada, que são os tobogãs da Almirante Barroso e 25 de Setembro. Com eles liberados e os pilares refeitos, o estádio pode ser reaberto dentro da nova capacidade”, esclarece. Caso as obras ocorram, o estádio pode ser aberto para algo em torno de 10 mil torcedores.[/colored_box]

Diário do Pará, 17/05/2015