A principal acusação que pesa sobre o cargo de Pedro Minowa diz respeito a dois temas delicados: um deles é a venda do atacante Rony e a segunda a mudança de gestora do programa Nação Azul, que é responsável pelo projeto Sócio-Torcedor.
“Nosso Condel pede a cabeça do presidente por causa de uma gestão temerária, que fez muito menos que anteriores. Será se a gestão do ex-presidente Amaro Klautau, que tirou um emblema do estádio azulino, e do Zeca Pirão, que demoliu uma arquibancada e vendeu camarotes e cadeiras, tudo isso não é temerário?”, indaga Minowa, que questiona a apresentação do balanço fiscal da última gestão. “Não vejo eles prestarem conta”, rebate.
Quanto o garoto Rony, o presidente é enfático e se mostra um pouco incomodado com o excesso de cobranças.
“Infelizmente, não tenho essas informações, mas o (ex-diretor de futebol Antônio) Miléo pode explicar perfeitamente tudo o que aconteceu. Sobre o Nação Azul, a empresa que recebe os 30% só recebe esse valor porque arca com todos os gastos, todos os custos. A empresa que ganhava 7% não tinha nenhuma despesa dessa. Se somar o que essa paga, aproxima dos 30%”, compara.
Outra ameaça temerária ressaltada por ele é sobre Rony. Embora tenha perdido uma joia, Minowa diz que foi o primeiro de sua gestão, enquanto outros fizeram história justamente por entregar de bandeja os atletas azulinos.
“Aqui tivemos o Igor João, Thiago Cametá, Betinho, Jayme, Reis, Rodrigo, Guilherme, Cicinho. Todos foram. Como fica?”, indaga.
Um dos poucos lamentos do presidente é em relação ao time que vai disputar a Série D, que talvez sofra algumas baixas.
“Tem jogador que tem contrato com o Remo até dezembro de 2015, ganhando R$ 35 mil, mas que fez redução para R$ 20 mil. Daí, temos a dívida da gestão passada, o que torna difícil contar com esse atleta. Da gestão passada, são 10 meses de acordo, um total de R$ 200 mil só para um jogador. Como vou segurar esses bons atletas?”, encerra.
Diário do Pará, 22/05/2015