Passa de uma semana a vacância na presidência do Remo, circunstancialmente ocupada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Manoel Ribeiro, após as renúncias de Pedro Minowa e Henrique Custódio. Assim mesmo, o presidente da Assembleia Geral, Robério d’Oliveira, ainda não programou as novas eleições. Espera-se que o faça nos próximos dias, já que até terça-feira (17/11) esteve empenhado no processo eleitoral da OAB, e só agora volta-se para a questão do clube.
Como até o próximo dia 30/11 o Remo estará em um processo de recadastramento dos associados, definindo quem poderá votar, os pré-candidatos se mantem na expectativa, mas atentos à intrigante demora para abertura do processo eleitoral, sobretudo pela falta de esclarecimentos.
Conforme o Estatuto do clube, Manoel Ribeiro seguiria na presidência se faltassem menos de 90 dias para o término do mandato. Como faltam 13 meses, as eleições são inevitáveis. Seria lógico acreditar que haveria agilidade nas providências, mas ocorre o contrário. Por quê?
Enquanto isso, são retardadas decisões administrativas urgentes, principalmente no futebol. É o Remo, mais uma vez, contra o próprio Remo.
[colored_box color=”yellow”]É impressionante como tudo muda no Remo de uma hora para outra. O presidente Manoel Ribeiro disse que não contrataria e nem dispensaria ninguém no futebol, já que as decisões deveriam ser da próxima diretoria. De repente, passou a fazer o que não faria. As eleições seriam dia 12/12, agora podem ficar para 2016, havendo até quem diga que não haverá eleição alguma e que Manoel Ribeiro seguirá na presidência. Essa, porém, é uma hipótese sem qualquer amparo estatutário.[/colored_box]
Nos últimos dias, Cacaio foi dado como descartado e mantido diversas vezes. Agora o clube afirma que Cacaio não volta e que os principais candidatos a substituí-lo são Josué Teixeira (trabalhou este ano no Macaé-RJ, ABC-RN e Cuiabá-MT), Fernando Diniz (ex-Paraná-PR) e Léo Condé (atual comandante do Sampaio Corrêa-MA).
O novo técnico azulino deve ser anunciado na próxima semana. Teixeira, 55 anos, formado em Educação Física, foi assistente no Flamengo (RJ) e no Fluminense (RJ) , antes de construir a carreira. Diniz, 41 anos, é psicólogo e adepto da máxima posse de bola, no “tic-tac”. Condé, 37 anos, melhor dos três, é um estudioso do futebol, que confirma no Maranhão o sucesso feito em Minas Gerais.
[colored_box color=”yellow”]Dos atletas, só Fernando Henrique tem novo contrato assinado. Ciro Sena, Henrique, Max, Léo Paraíba apenas acertaram bases para continuar. Eduardo Ramos está em Belém para tratar da permanência em 2016. O volante Zé Antônio, ex-Paysandu, indicado pelo “maestro”, deve ter contratação confirmada.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 18/11/2015