Nos 2 primeiros jogos do Campeonato Paraense, quando o Remo perdeu para Parauapebas, em casa, e para o Independente, em Tucuruí, o técnico Zé Teodoro admitiu que pouco sabia sobre o time que enfrentaria. “Subestimamos o adversário. Temos que pedir desculpas ao torcedor”, comentou o treinador na ocasião.
Antes do confronto com o Rio Branco (AC), pela Copa Verde, ele já havia aprendido a lição. “Já vi o adversário e vai jogar esperando nosso erro. É um time experiente e com bom padrão de jogo”, disse. Não foi apenas com mais informação, mas ela ajudou na primeira vitória.
A comissão técnica tem membros responsáveis em observar os adversários e passar ao treinador. No Remo, a missão é dividida entre o auxiliar técnico Márcio Rocha e João Nasser Neto, coordenador do futsal do clube e que trabalha na análise de desempenho do time.
Neto, que também já foi treinador do Sub-17 e comanda as categorias de futsal, voltou a desempenhar essa função depois de uma breve interrupção. “Fazia esse trabalho ano passado, com o Roberto (Fernandes). Esse ano, voltei a partir do clássico com o Paysandu. Nos nossos jogos, também faço uma análise do Remo, com o scout (registro das informações e análise do jogo) da partida”, explica Neto.
Nos dois jogos contra as equipes do interior, os azulinos responsáveis pela coleta de informações tiveram sérias dificuldades para consegui-las. Isso é uma constante, já que a cobertura diária desses clubes é muito menor do que no Baenão. Enquanto todos os dias o Leão tem reportagens de jornais, rádios, TVs e portais de internet, os outros clubes do interior que disputam o Parazão têm um espaço bem menor.
“Contra o Parauapebas, tínhamos poucas informações. Nesses casos, o máximo que conseguimos é a provável formação titular. Daí, passamos para a análise dos atletas. Ainda assim, é um trabalho complicado por causa da falta de informações”, admite Neto, que garante que a partir do segundo turno a situação melhora.
“Com os jogos passando, a gente consegue os vídeos dos futuros adversários, além de mais informações depois que a temporada inicia”, completa.
Amazônia, 15/02/2015
