Há 2 anos, a capacidade do Mangueirão foi reduzida pelo Corpo de Bombeiros de 45 mil para 35 mil lugares. A decisão foi tomada logo depois do incêndio na Boate Kiss, em que morreram 242 pessoas, no interior do Rio Grande do Sul. O CB avaliou que, em uma situação de pânico, o sistema de evacuação do estádio não seria suficiente, e fez a redução até que sejam construídas rampas adicionais.
A subtração de 10 mil lugares significou ingressos mais caros para os torcedores, na forma encontrada pelos clubes de compensar a redução. Finalmente, o arquiteto Alcyr Meira, autor do projeto original do Mangueirão, concluiu o projeto das rampas adicionais. Agora é com o governo estadual.
Como diz taxativamente Domingos Sávio, promotor de Justiça, o Mangueirão tem uma concepção arquitetônica ultrapassada. É antifuncional interna e externamente. Contudo, é o principal estádio que temos e cada adequação já é avanço, como no caso das rampas adicionais que, por enquanto, são apenas um projeto na gaveta.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 29/11/2015