O Remo estará em campo nesta terça-feira (21/04) para enfrentar o Paragominas, em jogo válido pela semifinal do segundo turno do Campeonato Paraense. Precisando vencer para manter vivo o sonho de conquistar a competição e, com isso, garantir a vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro, o Leão Azul mal teve tempo para comemorar a vitória no Re-Pa de sábado (18/04).
Nesta segunda-feira (20/04) de manhã, quem não esteve em campo ou entrou no decorrer da partida, treinou normalmente no Baenão. Entre eles, o meia-atacante Sílvio, autor do gol que garantiu a cobrança de penalidades no Re-Pa.
Aos 21 anos, Sílvio de Jesus Ferreira dos Santos é mais um dos jogadores oriundos da base do Clube do Remo que busca um lugar ao sol no time de cima. Apesar de vários jogadores como ele atuarem regularmente, apenas o lateral-direito Levy tem mantido a posição. O zagueiro Igor João e o atacante Rony são, hoje, titulares absolutos, mas em alguns momentos perderam essa posição para somente depois reconquistá-la.
Curiosamente, Sílvio vem sendo relacionado para quase todos jogos da temporada, no Parazão e nas Copas Verde e do Brasil, mas as oportunidades foram raras. Ultimamente, mal sabia o que era se aquecer em dia de jogo. No sábado, ele teve a chance que todo garoto local quer, a de estar em um Re-Pa. Quando entrou em campo, o Remo precisava fazer mais um gol para levar a decisão aos pênaltis. O jogo estava mais na vontade do que na técnica. Foi assim que ele aproveitou o rebote do goleiro bicolor para fazer o gol azulino.
O próprio jogador reconhece que não esperava que Emerson espalmasse o chute de Val Barreto. Sorte e boa colocação valeram o dia de herói ao garoto de Barcarena. “Também pensei que o goleiro ia segurar, quando ele soltou, consegui ser mais rápido para fazer o gol que a gente precisava”, disse.
Para Sílvio, a comemoração terminou no sábado à noite, ainda. “Encontramos muitas dificuldades e nosso momento não é fácil. Conquistamos apenas um passo, mas falta muita coisa”, comentou.
Sílvio parece saber também que, mesmo com um gol no clássico, que muitas vezes cria grandes histórias e reputações, pode não ser suficiente para mantê-lo entre os titulares. O caminho para isso ainda é longo e árduo, ainda mais para quem é formado dentro do Baenão. Ainda assim, ele faz uma defesa da base, lembrando da resposta que ela dá quando é acionada.
“Fui relacionado para muitos jogos e, infelizmente, não tive oportunidades. Dessa vez, aconteceu de ser aproveitado e fui feliz em ter ajudado meus companheiros”, disse. “Sabemos do nosso potencial, do que podemos fazer. Já demos mostras de que precisamos ser valorizados. A base do Remo é muito boa e sempre que é acionada, dá uma resposta boa”, finalizou.
Amazônia, 20/04/2015