Sérgio Dias
Sérgio Dias

Dos 5 gols marcados pelo time na Série D, apenas 1 foi de atacante. A marca deixada por Léo Paraíba, além de representar pouco para um ataque que dispõe dos dois últimos artilheiros do Parazão, mostra o atual panorama do mercado da bola, no Brasil. Nos arraiais azulinos, essa dificuldade é sentida diariamente. O desejo dos dirigentes azulinos é trazer um camisa 9, mas não está tão fácil arranjar alguém com o perfil exato.

“Nós queríamos um jogador do Goiás (GO), mas o investidor dele não quer que ele venha para Belém. De Fortaleza (CE) para lá, os jogadores têm procurador e investidor, este último que dá o dinheiro. Geralmente, a gente tem que procurar muito, porque é difícil. Eles não querem que o jogador venha para a Série D”, argumenta o coordenador de futebol, Sérgio Dias.

A nova ordem, segundo ele, é um empecilho a mais para os clubes da Série D. “No Brasil, todos os clubes devem. O que pesa é a questão da Série D. Porém, quem entende de futebol, sabe que os jogos do Remo passam para o Brasil inteiro na TV. O Remo é forte, é igual a Flamengo (RJ) e Corinthians (SP). Com os jogos na televisão, eles ganham visibilidade da mesma forma”, rebate.

Dias lista os jogadores procurados. “O primeiro foi o João Carlos, que era do Macaé (RJ) e está no Madureira (RJ), mas o presidente não deixou ele vir. Depois queríamos o Claudecir, contudo ele está parado há 60 dias. Procuramos o Bruno Mineiro, mas está no DM do Santa Cruz (PE). Tem esse menino do Goiás (GO). Também fomos atrás do Zé Carlos, do CRB (AL), porém dizem que ele ganha R$ 40 mil. Até sexta podemos anunciar alguém”, encerra.

Diário do Pará, 06/08/2015