Contratado à peso de ouro pelo Remo no início da temporada de 2014, o meia Athos moveu uma ação na Justiça Trabalhista e garantiu o recebimento de R$ 400 mil para pagamento de atrasados por parte da diretoria azulina.
O jogador ficou no clube por oito meses e, de acordo com o diretor jurídico do Leão, acumulou sete sem salários. Além disso, o atleta também apontou débitos em relação a FGTS, 13º salário e férias. O diretor jurídico do Leão, André Meira, detalhou o caso, salientando que a punição aconteceu por conta do “sumiço” de documentos do jogador de dentro do clube.
“Athos tinha um dos maiores salários do Remo. Ele recebia R$ 50 mil. O problema foi que, só de salários atrasados, o jogador tinha direito a receber R$ 350 mil. Contando o FGTS, o 13º e as férias, além das multas, este valor ia ficar em torno de R$ 1 milhão, que era o que ele pedia na Justiça. Tentei fazer a defesa, mas por mais incrível que pareça, não encontraram os documentos do atleta no clube”, disparou.
Meira contou que procurou e pediu para funcionários auxiliarem na busca, mas não teve êxito. “Como poderia fazer a defesa do caso sem a documentação do jogador? A única alternativa que tinha era tentar o acordo para evitar um valor muito mais alto. Foi isto que fiz e consegui deixar o caso em R$ 400 mil”, disse.
Além disto, o diretor jurídico disparou contra a gestão passada do Leão. “No julgamento, Athos mostrou dois acordos feitos com a presidência passada do Remo. No primeiro, ele aceitava receber R$ 50 mil para ir embora, com multa de R$ 150 mil caso não cumprissem. Não pagaram e propuseram dar R$ 200 mil para evitar o processo. Mais uma vez falharam, foi quando o jogador entrou na Justiça”, relatou. “Os acordos foram feitos por escrito”, frisou.
O pagamento dos R$ 400 mil será feito em oito parcelas de R$ 50 mil, cada.
ORM News, 24/06/2015
