A irresponsabilidade de marginais travestidos de torcedores mais uma vez deixa o futebol azulino seriamente comprometido. Como se não bastasse o vexame nas arquibancadas, o medo imposto ao torcedor comum e a péssima reputação que levou o Ministério Público a decretar sua extinção, os integrantes da torcida organizada “Remista” (antiga “Remoçada”), diretamente responsável pela pena, conseguiram afundar a agremiação – que dizem gostar – da pior maneira: a financeira.
Impedido de receber os verdadeiros torcedores, o Remo será obrigado a mandar 3 partidas em Belém de portões fechados, conforme explica o diretor de futebol, Cláudio Bernardo.
“André Cavalcante (advogado do clube) nos repassou que a pena é para ser cumprida desta forma, seja em Belém ou fora, então decidimos jogar no Baenão, que será liberado”, explica.
A dor no bolso é perfeitamente explicável. A tirar pelos últimos jogos no Mangueirão, o Remo arrecada cerca de R$ 300 mil, já descontadas as despesas, com uma média de 20 mil pagantes, Multiplicar por três, chega-se aproximadamente a R$ 900 mil, o suficiente para quitar praticamente três folhas salariais, justamente o tempo que o time tem, a partir de agora, sem qualquer renda considerável. O jeito foi conversar com os atletas e abrir o jogo.
“Para todos eles, inclusive os recém contratados, o Departamento de Futebol repassou que as dificuldades são grandes. Pelos próximos 20 dias, até o término do mês, está tudo bloqueado, mas existem os esforços para conseguir algo. O presidente deu um prazo até o final do mês para quitar o restante referente ao mês de abril e até a próxima segunda-feira (15/06) para saldar algumas pendências de moradias”, comentou o gerente executivo, Fred Gomes.
Diário do Pará, 12/06/2015