Com a renúncia tanto do presidente como do vice-presidente do Conselho Diretor (Codir), Pedro Minowa e Henrique Custódio, respectivamente, o Remo vai ter ainda neste ano eleição para escolha dos novos mandatários. Os eleitos vão para um cargo “tampão”, ou seja, cumprir o restante do mandato vago.
“Estávamos esperando pelo doutor Henrique Custódio para assumir a presidência, mas ele veio com sua carta-renúncia. Agora, vamos proceder nova eleição, como manda o Estatuto”, disse Manoel Ribeiro, presidente do Condel, respondendo interinamente pelo Codir desde os pedidos de licença de Pedro Minowa e Henrique Custódio.
No dia 26/11 será realizada reunião ordinária do Condel azulino, tendo como pauta a situação atual do clube, no entanto, já nesta quarta-feira, 11/11, Manoel Ribeiro marcou uma reunião com o presidente da Assembleia Geral, Robério d’Oliveira, para definir os rumos que norteiam a eleição presidencial.
“A data da eleição é muito importante para todos nós. Marcando o dia, já ficamos com menos preocupação”, avaliou Ribeiro. A eleição tem que acontecer antes do final do ano e qualquer sócio remista com 5 anos de casa pode ser candidato. “Até cinco dias antes da eleição, conforme o edital, poderão se inscrever”, informa Ribeiro, que descarta possibilidade de concorrer à vaga ou mesmo indicar alguém como candidato.
O primeiro candidato na linha sucessória presidencial é o ex-diretor de campo, Helder Cabral, que fez parte da gestão de Minowa e Custódio.
“No sábado (07/11) estive com o (Henrique) Custódio e falei para ele que seria candidato, caso renunciasse. Como aconteceu realmente, então, vou esperar pelo edital de convocação para formalizar minha candidatura”, explicou.
A renúncia de Minowa e Custódio reflete no futebol profissional do Leão Azul. Tudo que vinha sendo resolvido pelo presidente interino Manoel Ribeiro foi suspenso, inclusive a reunião com o técnico Cacaio, marcada para esta segunda-feira (09/11), foi improdutiva. “Não posso decidir nada por enquanto”, frisou Ribeiro, que alega que seus atos podem ser anulados pelo futuro presidente.
Esta situação mexe com o torcedor azulino, já crente que o clube manteria no elenco jogadores que foram destaque na temporada. “Como disse, tenho um tipo de planejamento. Sei fazer as coisas ao meu modo de dirigir, com base. Agora, aquele que vier a ser eleito, pode pensar diferente, fazer seus planos e executar. Não é bom para o Remo uma pessoa fazer uma coisa e outro vem e desfaz”, comentou.
“Assim, o futuro presidente vem com seu planejamento para executar pelo bem do clube. Contratar quem ele quiser dentro da possibilidade do Remo. Vocês perguntam sobre o Cacaio, que era pra ter definição hoje (segunda-feira, mas devido esse fato novo, não posso contratar o Cacaio sem ouvir o novo presidente”, completou.
Amazônia, 10/11/2015