Sílvio
Sílvio

Nos lances dos 2 primeiros gols do Remo contra o Nacional (AM), um detalhe chamou a atenção de quem assistia a partida: os jovens atletas, com pouca rodagem no futebol profissional, não pareciam impor respeito a quem os desafiava, mas diante de uma defesa bem posicionada, ambos deixaram suas marcas em forma de belos gols. Se o ataque azulino andava em baixa, em um só jogo foram 2 gols anotados.

A façanha tem nome e origem. O primeiro, Edicleber Macedo dos Santos, ou simplesmente Edicleber. Nascido em São Caetano de Odivelas, interior paraense. O atleta da base azulina sem nenhuma chance entre os titulares até então, entrou e aos 8 minutos de jogo mandou um torpedo indefensável na meta do arqueiro Rodrigo Ramos. Um golaço como cartão de visitas.

O segundo, Sílvio de Jesus Ferreira dos Santos, já havia sido testado em outros momentos, como no Parazão e Copa Verde, mas na Série D só soube o que era começar uma partida agora, contra o Nacional (AM).

Os dois não poderiam ter feito melhor. Se os atacantes, em 5 jogos, só haviam marcado 1 gol (Léo Paraíba, na 4ª rodada, contra o Náutico-RR), eles somaram 2, sem esforço, contando somente com o talento e a personalidade.

“Agradeço a Deus e ao Cacaio pela oportunidade de poder ajudar o Remo. Consegui dar a arrancada e fazer o gol, tenho esse potencial. Cacaio me colocou para jogar nas costas do lateral deles (Peter) e consegui me sair bem nessa missão”, agradeceu o garoto Sílvio, que deixou o gramado reclamando, mas satisfeito com a missão cumprida.

“Senti um golpe no abdomen em um lance, mas o juiz não deu nada. A gente sabe que essas coisas acontecem no futebol e não podemos reclamar. Agora é trabalhar e dar sequência. A gente deixa a escolha para o técnico, pois da minha parte vou dar o melhor, sem dúvida”, concluiu.

Diário do Pará, 24/08/2015