O Remo foi sacudido ontem por novas pressões de setores da torcida e movimentação de conselheiros favoráveis ao impeachment do presidente Pedro Minowa. São questões legítimas e pertinentes, mas levantadas na hora errada, comprometendo ainda mais o já conturbado ambiente.
Os azulinos realmente preocupados com a recuperação do clube deveriam evitar que os ruídos da insatisfação afetem a tranquilidade interna. Com salários ainda em atraso, os jogadores têm sido blindados pelo técnico Cacaio para que concentrem atenção em relação ao jogo decisivo de domingo, 12/04, em Paragominas.
O ideal é que os insatisfeitos com a gestão procurassem agir como o benemérito Ronaldo Passarinho que, sem alarde, tem interpelado seguidamente a diretoria e o Conselho Deliberativo sobre assuntos de extrema importância para a vida do clube. Depois de encaminhar quatro pedidos de informação à gestão passada, sem obter resposta, Ronaldo voltou à carga este mês:
- O Remo recebeu a primeira parcela do contrato com a Funtelpa? Em caso positivo, qual o valor e qual a destinação dada?
- Houve recebimento das parcelas de patrocínio do Banpará, referentes a janeiro, fevereiro, março e abril? Em caso positivo, qual o valor e qual a destinação dada?
- Houve bloqueio pela Justiça do Trabalho, de mais de R$ 80 mil, em favor do atleta Jaime?
- Quais os atletas que têm contrato até o final de 2015, e respetivos valores?
Por fim, deixou um alerta aos membros do Condel “para que todos tomem ciência da trágica situação que o Remo atravessa, agravada pela gestão de 2013/2014”. Os questionamentos foram feitos ainda para a reunião do dia 01/04, mas não foram respondidos.
Diante do ruidoso silêncio da diretoria, resta esperar que o Condel use de suas atribuições para descobrir como estão de fato as finanças do clube.
Blog do Gerson Nogueira, 09/04/2015