O pequeno grupo de jogadores que o vice-presidente alega ainda não ter sanado a dívida não é tão pequeno, se comparado à quantidade de atletas que foram para a sala de imprensa reivindicar o pagamento. Ao todo, 20 atletas dividiram o pequeno espaço para as entrevistas coletivas, mas desta vez o discurso foi totalmente diferente e não possuiu relação alguma com o futebol.
Principal nome da temporada 2015, o meia Eduardo Ramos mostrou-se diferente da postura de costume, de poucas falas e gestos. “É preciso deixar bem claro que a maior motivação que nós temos hoje em dia é a torcida e a nossa camiseta. Tudo o que foi prometido e dito, até hoje, não foi cumprido”, rebateu ele que aceitou uma redução salarial para deixar o clube mais folgado para quitá-lo.
“Vou falar por mim. Estou no mês de abril e recebi apenas janeiro. Todos sabem o que a gente fez, da situação do clube. Aceitei uma redução salarial de um valor significativo e hoje podemos dizer que vamos fazer de tudo para honrar a camisa e o torcedor. Agora, tirando isso, nossa motivação é zero”, assumiu.
Por fim, o armador cobrou a direção do clube. A terceira e última crítica teve endereço certo e com certeza já bateu à porta do presidente Pedro Minowa.
“Já tivemos palavra de olho a olho. Não sei o que acontece. Nosso presidente não é má pessoa, mas não sei onde ele se perdeu, pois as coisas não estão sendo cumpridas. O torcedor tem que estar ciente onde cobrar, pois esse ano as coisas estão difíceis aqui”, esclareceu o jogador.
Diário do Pará, 10/04/2015
