A mesma soberba que fez o Remo perder em Roraima, para o Náutico (RR), por 3 a 2, também provocou o susto na vitória sobre o Nacional (AM), em Paragominas. Ao fazer 3 a 0, o Leão tratou de dar “olé” e se desconcentrou. Em dois vacilos, tomou dois gols e viveu momentos tensos nos últimos minutos. O time tem potencial para subir com autoridade à próxima Série C, desde que assimile as lições de humildade e não repita mais a fatídica soberba.
Embora tenha jogadores com algum perfil de liderança, o Remo não tem uma voz de comando em campo, alguém que “enquadre” os colegas no grito, como era Agnaldo, atual auxiliar-técnico, por exemplo.
Por enquanto, a Série D permite “pisadas na bola”, até porque o Remo está sobrando no grupo, mas a partir da segunda fase, no sistema de “mata-mata”, qualquer vacilo pode ser fatal às pretensões do clube. Valem, desde já, todos os “puxões de orelha” por mais responsabilidade.
[colored_box color=”yellow”]Ameaça do Vilhena (RO) de abandonar a Série D causa apreensão nos remistas pelo prejuízo financeiro, se não fizer o único jogo rentável da primeira fase.
Há outro embaraço. Como o Leão Azul está praticamente classificado, já havia um planejamento para Max e Eduardo Ramos provocarem o terceiro cartão amarelo no Acre, dia 06/09, diante do Rio Branco (AC), para entrarem livres no “mata-mata”. Se não houver jogo contra o Vilhena (RO), haverá risco de suspensão já para a estreia na segunda fase.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 25/08/2015
