“No futebol, o ditado é claro: quem não faz, leva”, disse o zagueiro Ciro Sena, em uma análise categórica sobre o desempenho da equipe, ao sair do estádio Colosso do Tapajós com um empate que mais parecia derrota de goleada. O sentimento de tristeza pela desclassificação conseguiu ser maior graças à tragédia ensaiada há vários jogos e exibida especialmente na noite desta quinta-feira (19/02).
Não é de agora que o ataque remista decepciona. Caça-Rato, embora tenha feito o gol, segue pesado e sem ritmo. Rony parece ter desaprendido a maioria dos fundamentos, ao perder tantos gols de uma só vez. Enquanto Rafael Paty não é sequer a sombra do artilheiro pelo modesto Santa Cruz de Cuiarana. A camisa azulina, pelo visto, pesa mais que qualquer outra. Só isso explica tamanho insucesso.
“Voltamos com gosto de derrota. Nosso time vinha bem, tivemos chance na cara do gol e não fizemos. Essa era a nossa chance para encerrar com o Castanhal em casa. Perdemos muitos gols, mas agora é pensar no jogo de domingo (22/02)”, opina o lateral-esquerdo Alex Ruan, não muito diferente dos outros colegas. Na avaliação do técnico Zé Teodoro, o jogo foi bom, apesar da falta de maturidade, representada pela falha do goleiro Camilo.
“Foi um jogo em que o torcedor saiu satisfeito. Foi franco, aberto, em um primeiro tempo equilibrado, onde saímos na frente. No segundo, fomos superiores, tivemos mais posse. Era pra ter feito os gols e pagamos caro pelo trabalho que, em um conjunto geral, elogia os atletas, mas que precisa ter mais atitude”, pontuou.
Diário do Pará, 20/02/2015