O primeiro Re-Pa de 2015 terminou 0 a 0 e foi decidido nos pênaltis, com o Remo saindo vencedor, após Leandro Cearense perder sua cobrança e Flávio Caça-Rato fechar a disputa com gol. O resultado credenciou o Leão para disputar a final da Copa Amazônia contra o Bahia (BA), às 16h do próximo domingo (25/01), que pode acabar sendo suspensa.
O motivo para a incógnita em torno da realização da final do torneio foi um fato inusitado: após o término do primeiro tempo, os cartolas azulinos e bicolores ameaçaram proibir o retorno dos times a campo. Ambos alegaram o não pagamento, pela empresa que organizou o evento, das cotas prometidas. O dilema fez com o intervalo, que deveria ter 15 minutos, tivesse exatos 36. Com isto, a partida ficou cercada de indagações, sendo a principal delas, a vinda do Bahia (BA) para o torneio.
A situação só ficou resolvida após uma reunião entre os presidentes dos clubes, o diretor-adjunto da empresa promotora do evento, New Creation Sporting Group, Geraldo Magela de Oliveira. No encontro, ficou definido que as agremiações receberiam toda a renda da partida, que corresponderiam a uma parte dos R$ 270 mil prometidos. O restante deve ser pago até a segunda-feira (26/01).
Os sinais de um início de temporada ficaram nítidos nos times de Remo e Paysandu nos primeiros 46 minutos do clássico. Ainda aquém das condições físicas, táticas e técnicas que se idealiza para as competições do ano, os jogadores abusaram da vontade e o jogo ficou bastante truncado.
Logo no início do jogo, Rony e Marlon mostraram qual seria a tônica da partida. Antes do primeiro minuto, Marlon tomou a bola dos pés de Rony e o atacante azulino respondeu cometendo a falta. No lance seguinte envolvendo os dois jogadores, Marlon revidou.
A disputa pela redonda concentrou-se no meio-campo do Mangueirão, mas o Clube do Remo conseguiu maior posse de bola e imprimiu maior volume de jogo, mas pecou muito nas conclusões das jogadas. Quando o quarteto ofensivo remista, formado por Eduardo Ramos, Fabrício, Rony e Rafael Paty, acertou todos os passes, o goleiro bicolor Andrey apareceu bem para garantir a tranquilidade na defesa.
Já pelo lado bicolor, restou o toque de bola e a busca pela dupla de ataque. Aos 16 minutos, Rogerinho lançou Marlon, que acionou Bruno Veiga. O atacante saiu na diagonal, driblou a marcação e cruzou para a área. Fabiano saiu muito mal do gol e a redonda sobrou para Héber dos Santos que, sozinho e sem goleiro, acabou chutando de primeira direto pela linha de fundo.
Assim, o primeiro tempo terminou com um jogo de muita movimentação e pouca inspiração por parte dos jogadores e um duelo particular nas táticas dos treinadores Sidney Moraes e Zé Teodoro.
Para o segundo tempo, a única mudança em campo foi a estreia do atacante Leandro Cearense, no Paysandu. Ele entrou no lugar de Héber dos Santos, mas só ganhou destaque após o tempo regulamentar.
Antes disso, o Remo apareceu novamente com maior volume de jogo. Aos dois minutos, Rony foi para a ponta e levantou a redonda para a área. Raphael Andrade apareceu sozinho dentro da pequena área e cabeceou para fora.
Aos 7 minutos, Jadílson partiu pela esquerda com velocidade e acionou Rafael Paty que, de frente para o gol de Andrey, testou muito perto do ângulo direito.
Foi quando a partida passou a ganhar novamente uma desaceleração. Ao todo, foram 12 cartões amarelos no jogo, com 7 assinalados na etapa complementar da partida.
Aos 47 minutos, o paraense do quadro de arbitragem da Fifa, Dewson Fernando de Freitas, apitou o final da partida, que foi para os pênaltis. Val Barreto iniciou a contagem com gol para o Remo. Augusto Recife empatou e Ratinho recolocou o Leão em vantagem.
Chegou o momento de Leandro Cearense cobrar. Poderia ser o primeiro tento dele com a camisa bicolor, mas Fabiano defendeu.
Na sequência, marcaram: Alex Ruan (Remo), Elanardo (Paysandu), Jadílson (Remo), Yago Pikachu (Paysandu) e Flávio Caça-Rato fechou a conta para o Leão. Festa azulina no Mangueirão!
ORM News, 21/01/2015