De quase dispensado, a titular absoluto nas duas partidas mais importantes da temporada. O zagueiro Ciro Sena precisou fazer um acordo de redução salarial após o Parazão para permanecer no elenco azulino. Apesar das muitas críticas ao seu desempenho, Cacaio contava com o jogador. Do banco de reservas, observou o desenrolar de quase toda competição e se preparou para quando precisasse entrar em campo de novo.
“Aprendi, quando subi para o profissional, que você tem de trabalhar, independente de jogar ou não, e procurar apoiar os colegas, porque uma hora a oportunidade chega”, comenta o zagueiro.
Ciro afirma que seria muito cômodo torcer contra os colegas ou ficar de chinelinho no clube, como muitos atletas fazem, mas que sua preocupação sempre foi com o próprio trabalho.
“Joguei 90 minutos na estreia e agora, a última partida. Dois meses e meio sem jogar. Imagina o que teria acontecido se na chance que entrasse, fosse mal? Para mim, fica esse gostinho de trabalho bem feito. Sempre fui profissional e dedicado por onde passei, independente de estar jogando bem ou mal”, diz.
Após 10 meses de sua chegada ao Baenão, Ciro afirma que é uma sensação maravilhosa estar às portas do acesso à Série C. “A atmosfera que a gente vem vivendo nessas duas semanas é maravilhosa. Todo grupo empenhados em um objetivo só, que é o acesso. Quando cheguei, nossa meta ainda nem era essa. Tínhamos que ser campeões estaduais para disputar a competição. Ganhamos e agora estamos decidindo nossa sorte”, comenta.
Fazendo coro com os colegas, o zagueiro afirma que não sabe ainda como o técnico vai lançar o time, mas que o mais importante o grupo já tem – a atitude. “O professor está testando. Tem algumas variações, dúvidas. Independente de quem jogue, o importante é estar determinado e buscando o acesso”, decreta.
Diário do Pará, 18/10/2015
