Tsunami
Tsunami

O fato de não ter sido utilizado pelo ex-técnico Cacaio não provocou no zagueiro Wenderson, o Tsunami, de 19 anos, nenhuma desmotivação. Muito ao contrário. O defensor acredita que só o fato de estar junto com os profissionais já foi bastante positivo para a sua carreira. Ele conta que pôde apreender bastante com os companheiros mais experientes, principalmente aqueles de sua posição, caso de Max, Henrique e Ciro Sena.

“Recebi muitas dicas deles”, conta. “São informações que podem me ajudar e muito no futuro”, argumenta Tsunami, que está no Baenão desde os 14 anos. O zagueiro afirma ter entendido a posição do ex-treinador do time ao optar pela escalação de jogadores mais experientes. “É uma coisa natural, afinal os outros zagueiros têm muito mais rodagem”, justifica. “Encarei essa situação com muita naturalidade”, garante.

O zagueiro promete “trabalhar dobrado” em 2016 para alavancar de vez sua carreira. “Vou me dedicar ainda mais forte em 2016 para chegar ao meu objetivo. Se não for dessa maneira, a coisa acaba não acontecendo e tudo o que pretendo e vingar na carreira”, salienta Tsunami, que já chegou a disputar Re-Pa entre profissionais, em 2014, quando o Leão aplicou 4 a 1 sobre o maior rival.

De acordo com a avaliação do zagueiro, a mentalidade dos dirigentes do Leão, com relação ao aproveitamento da garotada da base, está mudando. “Hoje a situação é bem melhor, com toda a certeza. Eles estão olhando com outros olhos para a base do clube e isso é muito bom para a gente que está vindo lá de baixo. Tendo a oportunidade, o jogador vindo das divisões inferiores só precisa saber aproveitar as chances que surgirem e é isso que pretendo fazer no próximo ano”, arrematou Tsunami.

De acordo com o diretor das categorias de base do Remo, Paulo Araújo, que divide com Fábio Cebolão e Jorge Piedade o comando do Departamento, desde o início do ano que a situação da garotada azulina começou a melhorar. Segundo Araújo, se falta dinheiro para a base, assim como outros setores do clube, o apoio da diretoria serve como estímulo.

“A diretoria tem dado a maior força, fazendo tudo aquilo é que está ao alcance dela para ajudar a base. Esses dirigentes, como o André Cavalcante, estão tendo uma visão mais moderna e isso tem colaborado bastante. Existe a promessa por parte deles de que melhorias serão feitas”, diz.

No momento, o Leão tem em sua base aproximadamente 119 garotos, englobando 3 categorias – Sub-15, Sub-17 e Sub-20. O clube não dispõe de Sub-13, segundo Araújo, por não existir competição oficial da categoria. O número de garotos, no entanto, não é fixo, já que todos os anos muitos garotos aparecem para as famosas “peneiradas”.

Diário do Pará, 06/12/2015