Se mantivesse o talento sempre associado à bravura, como na brilhante atuação contra o Rio Branco (AC), o remista Eduardo Ramos seria um nome “top” do futebol brasileiro. É uma pena que esse talento dependa da “força da lua”. Quando resolve suar a camisa, ele é absolutamente decisivo.
A atuação de Eduardo Ramos no último domingo (08/02) foi no nível das melhores que o fizeram o “craque” do Parazão 2013, com a camisa do Paysandu. Além de ter resolvido jogar, Eduardo Ramos teve com quem jogar. Ganhou a parceria de Bismark, que mesmo fora de forma, ditou a dinâmica de jogo do Leão Azul, no duplo papel de meia-atacante.
O bom rendimento e a vitória sobre o Rio Branco (AC) coincidiram com a folga remista na rodada seguinte do Parazão. Isso permitiu o repouso nesta segunda-feira (09/02) e 10 dias de treinamentos na preparação para o jogo contra o São Francisco, dia 19/02, em Santarém.
Além do novo ânimo do elenco, o treinador Zé Teodoro ganha tempo precioso para os reparos técnicos e ajustes táticos, assim como o preparador físico Ricardo Monteiro pode tirar a defasagem de Flávio Caça-Rato, figura destoante na equipe, sobretudo por falta de agilidade. É um jogador com recursos técnicos para dar certo no time, desde que entre em forma.
[colored_box color=”yellow”]Ciro Sena não pode ser avaliado pelo jogo contra o Rio Branco. O novo zagueiro remista não foi exigido a ponto de mostrar do que é capaz. Nas características de jogo, casou bem com Max, como casaria também com Raphael Andrade. Ciro tem agilidade e mostrou sobriedade com posse de bola, o que o difere de Raphael Andrade e Max, e o assemelha aos garotos Yan e Igor João. Essa leitura já deve ter sido feita por Zé Teodoro para entender quem faz bem a quem e quem faz mal a quem na dupla de zaga azulina.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 10/02/2015