Em 2008, com a venda da sede campestre localizada em Benevides, o Clube do Remo reduziu drasticamente a dívida na Justiça do Trabalho, deixando um montante de pouco mais de R$ 3 milhões. Passados 7 anos, a dívida voltou a crescer e hoje beira os R$ 15 milhões.
A quantidade de ações trabalhistas, que causaram ao clube um bloqueio de 50% nas rendas dos jogos e um de 100% dos patrocínios e premiações, tende a aumentar. Dispensado do Leão Azul na terça-feira (26/05), o atacante Val Barreto declarou ainda ter o que receber do clube e que entregou o caso a um advogado.
“Recebia R$ 8 mil no Remo, um dos menores salários do elenco e ainda tenho meses por receber do ano passado. Deixei minha situação com meu advogado. Não cumpriram nada o que me prometeram. Vou colocar uma pessoa capacitada para tratar desse assunto”, disse Val Barreto, que tem contrato com o clube até dezembro desse ano.
De acordo com o diretor de futebol azulino, Cláudio Bernardo, o atacante foi procurado para reduzir o salário se quisesse permanecer no Baenão, o que Val Barreto não teria aceitado. “Fizemos uma proposta de redução salarial e ele não aceitou, por isso foi afastado do elenco”, disse o dirigente.
A declaração foi rebatida pelo atleta, que afirmou não ter recebido tal proposta, mas que, mesmo que tivesse sido feita, não aceitaria. Ele alegou já ter diminuído por outras três vezes seu rendimento e não estaria disposto a fazê-lo mais uma vez.
“Futebol é assim. Foi uma decisão da diretoria e a vida é assim. Espero que no segundo semestre eles mintam menos e ajudem mais esse grupo, que não merece passar o que passamos. Tomara que eles repensem as atitudes e façam tudo de diferente, mentindo menos”, disparou.
Além de Val Barreto, o meia Fabrício também foi informado que não está mais nos planos do clube. Dois outros jogadores podem ter o mesmo destino. O volante Dadá e o zagueiro Raphael Andrade foram chamados para reduzirem seus respectivos salários. O meio-campista não aceitou e ainda negocia, já o defensor, que está no Rio de Janeiro (RJ), ainda não respondeu.
Amazônia, 28/05/2015