A festa tomou conta do gramado do Mangueirão, após a vitória sobre o Operário (PR), que garantiu o Remo nas semifinais da Série D do Brasileirão e, o mais importante, a classificação do time à Série C de 2016. Tão logo o baiano Jailson Macedo Freitas deu por encerrada a partida, os jogadores passaram a se abraçar e comemorar o grande feito. O técnico Cacaio foi bastante parabenizado e deu a volta olímpica na pista do estádio.
Para os azulinos, a vitória, quando o time precisava de apenas um empate, representou um verdadeiro alívio para os jogadores, comissão técnica e os dirigentes azulinos.
O garoto Welthon, que abriu caminho para a vitória remista, fazendo 1 a 0, aos 21 minutos de jogo, contou que foi surpreendido com sua escalação.
“Não sabia que entraria jogando. Cacaio treinou 3 times diferentes e falou que iria decidir só na hora. Nunca deixei de acreditar e hoje (domingo) fui abençoado”, disse. “Sabia que tinha uma responsabilidade muito grande e, graças a Deus, pude corresponder da melhor maneira possível”, completou.
O atacante Rafael Paty ressaltou a superação que teve de enfrentar. “Estou muito feliz. Todos sabem o problema que tive na minha família, mas consegui superar tudo”, declarou, referindo-se a um problema de saúde enfrentado pela mulher dele.
O meia Eduardo Ramos, principal astro da companhia azulina, não se continha em alegria. “É como se fosse o meu primeiro acesso. Começamos a colocar o Remo onde ele merece. Agora é correr atrás do título”, afirmou.
O volante Ilaílson, chorando bastante, falou sobre a sua chegada ao Baenão, segundo ele, “contestada por muita gente”. “Estou muito emocionado. Cheguei me ‘arrastando’ no Remo e muitos não me queriam. Hoje sou símbolo de garra nesse time”, lembrou.
Diário do Pará, 19/10/2015