Marcinho
Marcinho

A enorme diferença entre Remo e River (PI) na Série C se expressa pela própria situação de ambos na tabela de classificação. O time paraense ocupa a 4ª posição, com 17 pontos, enquanto os piauienses são vice-lanterna, com apenas 10. O Remo marcou 16 gols e tem saldo de 5, já o River (PI) fez 10 e tem saldo de -6. O aproveitamento dos azulinos é de 52% contra 30% do adversário.

Tudo isso já seria motivo suficiente para que o torcedor remista compareça ao estádio Mangueirão confiante em um bom resultado neste sábado (06/08), mas há outro aspecto a considerar: o Remo finalmente aprendeu a jogar dentro de casa, sem estranhar – como nos tempos de Marcelo Veiga – a presença da massa torcedora nas arquibancadas.

Sob o comando de Waldemar Lemos, o Remo mudou por completo, tanto dentro quanto fora de campo. No âmbito administrativo, o estilo contido e reservado do técnico contribuiu para o fim da usina de boatos que tanto desgastes provocava no Evandro Almeida.

Na formatação do time, outro grande avanço. Waldemar redescobriu Marcinho, meia que andava esquecido no elenco remista. Apostou nele para a função de organizador na meia cancha, posicionado sempre próximo a Eduardo Ramos e ajudando também na marcação.

O aproveitamento de Marcinho é um dos pontos mais importantes da transformação ocorrida com o time azulino. Antes dele, Allan Dias havia sido testado na função, sem maior brilho. Wellington Saci também foi aproveitado na faixa central, mas o encaixe só veio com Marcinho.

Sua presença como condutor de bola e força auxiliar do ataque tem sido fundamental para o crescimento do Remo na Série C, contribuindo ainda para abrir espaços hoje explorados por Edno e Eduardo Ramos. Ambos, aliás, muito beneficiados pela movimentação do jovem meia armador.

Sem o segundo volante Yuri (suspenso), Waldemar precisará mudar a estrutura da linha de marcação, com a entrada de Lucas Garcia para atuar ao lado de Michel Schmöller. Dependendo da distribuição do River (PI) em campo, é provável que Marcinho se transforme em mais um homem de frente ou atuando pelo lado esquerdo, em rodízio com Saci. O fato é que, depois de 4 partidas como titular, o Remo não pode mais abrir mão de seu jovem meia, sob pena de voltar à bagunça que predominava no setor de criação.

Blog do Gerson Nogueira, 06/08/2016