Desde que foi tomada a decisão de adiar as eleições do Clube do Remo por conta de uma série de problemas acerca da lista de sócios aptos a votar, o presidente azulino, André Cavalcante, tem se manifestado contrariado à mudança de data. Eleito para assumir o clube em uma situação excepcional, com um “mandato-tampão” de apenas 9 meses, o dirigente alega temer que a demora nas eleições comprometa a gestão do Leão e sinaliza com uma aproximação da sua oposição para tomar algumas providências administrativas antes do pleito.
“Fui eleito presidente no dia 23/01 e o Campeonato Paraense teve início dia 30/01, apenas 7 dias depois. Não é possível começar um trabalho decente nesse prazo. Administrativamente, o adiamento da eleição é péssimo para o clube, pois há cerca de 2 meses estamos engessados, sem poder tomar medidas administrativas para estancar problemas no clube”, argumentou André Cavalcante, citando que o estatuto azulino veta um dirigente de tomar decisões econômicas que afetem períodos além da sua gestão.
O atual mandatário afirma que é necessário saber o que se fazer nesse momento, e que seguirá procurando recursos legais para tentar a revogação da liminar que adia as eleições. Por outro lado, Cavalcante garante que pensando nas decisões administrativas cogita se reunir com a oposição para tomar alguns apontamentos para o clube.
“O presidente eleito, pelo atual cronograma, deve assumir o Remo em dezembro e encontrar as primeiras competições no futebol já em janeiro. Temos o risco de tudo acontecer de novo”, encerrou.
Diário do Pará, 07/11/2016