Se não pôde salvar o time no Estadual e Copa do Brasil e muito menos levá-lo à segunda fase da Copa do Brasil, a participação azulina nas competições deixou pelo menos um ensinamento ao técnico do Leão: a fragilidade da defesa da equipe, sobretudo em lances de bola parada, responsável por grande parte dos 34 gols sofridos pelo time nos 19 jogos oficiais que disputou até aqui.
“A gente levou um número de gols acima do tolerável em jogadas dessa natureza, que no futebol de hoje é responsável por quase 90% dos resultados dos jogos”, admite Marcelo Veiga. “Meu time não pode sofrer tantos gols assim”, diz o técnico.
A dificuldade defensiva do time, porém, não foi o único ponto negativo detectado por Veiga nos jogos em que esteve à frente do Remo. O treinador também pôde constatar, logo em sua chegada ao clube, que o condicionamento físico do grupo não era dos melhores. Tanto que ele procurou apressar a chegada do preparador Eduardo Ortiz, homem de sua confiança, que não teve o tempo necessário para recuperar o condicionamento dos atletas, mas que, segundo Veiga, será feito com vistas ao Campeonato Brasileiro.
“Nos primeiros 15 dias da preparação, o Eduardo (Ortiz) vai pegar essa rapaziada e trabalhar duro. É preciso ‘sangrar’ para que o time esteja bem para o início e o decorrer do campeonato”, anuncia Veiga, que acredita que a chegada de novos jogadores injetará maior vigor ao time.
“É claro que nem tudo foi perdido com a participação do time nas competições que disputou. Podemos tirar algum proveito, ver quem pode continuar com a gente, mas confio que tendo o material que foi pedido à diretoria temos boas chances de chegar ao nosso objetivo, que é o acesso à Série B”, salienta.
Diário do Pará, 01/05/2016