Com uma folha salarial em torno de R$ 550 mil e 30% de bloqueio nas rendas, o sucesso do Remo na Série C vai depender da cumplicidade da torcida. O principal suporte financeiro é do programa Sócio-Torcedor Nação Azul, que por enquanto, banca metade da folha.
Ocorre que o clube tem outros compromissos financeiros e fará apenas 2 jogos por mês em Belém nesta fase do campeonato. Segunda-feira, contra o ASA (AL), o primeiro teste da grande aposta do clube na torcida, com ingressos a R$ 30 (arquibancada) e R$ 50 (cadeira).
Em 2005, quando o Mangueirão comportava mais de 40 mil torcedores, o Remo estabeleceu a maior média de público das 3 Séries nacionais (não existia a Série D), com 34.728 pagantes por jogo. Agora, em tempo de grave crise financeira no Brasil, a capacidade do estádio está reduzida a 35 mil lugares, mas a média de público do Leão na temporada está em apenas 9.164.
Na segunda-feira (30/05), contra o ASA *AL), se tiver 20 mil torcedores já será uma glória. Se fizer boa campanha, o Remo colherá bons frutos de bilheteria e terá fartura se for à decisão do acesso. Se chegar à decisão do título, vai “bamburrar”. Se fracassar em campo, o Leão vai atolar em novas dívidas, considerando-se o alto investimento e expectativa de retorno limitada às bilheterias. É inferno ou paraíso!
[colored_box color=”yellow”]Aos 19 anos, Hériclis foi premiado como principal revelação e melhor meia do Distrito Federal em 2015. Aos 20 anos, se transferiu do Gama (DF) para o Clube do Remo, onde espera alavancar a carreira. A imprensa de Brasília (DF) exalta a habilidade de Hériclis, mas o critica por abusar da individualidade. Cabe ao técnico azulino Marcelo Veiga corrigir o atleta, que fez bom papel quando foi acionado contra o Cuiabá (MT).[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 25/05/2016