Após o empate em 1 a 1 com o Salgueiro (PE), no último domingo (04/09), o Clube do Remo se reapresentou nesta segunda-feira (05/09), no estádio Baenão. Porém, a entrevista do atacante Edno, logo após a partida, ainda no gramado de jogo, onde cobrou em público a diretoria, principalmente sobre os salários atrasados, provocou uma reunião entre dirigentes e atletas para se chegar a um acordo.
Fato semelhante já ocorreu há cerca de um mês, quando os jogadores subiram para o gramado e depois voltaram aos vestiários. Desta vez, houve um acerto e o trabalho aconteceu normalmente. Segundo o presidente André Cavalcante, uma parte do débito será quitada até esta quarta-feira (07/09).
“Vamos pagar metade do salário do mês de junho para os jogadores até quarta-feira, depois vamos buscar alternativas para pagar o restante, mas conversamos, estamos fechados e vamos atrás deste tão sonhado acesso”, prometeu.
O dirigente ressaltou que faltam somente 2 jogos em Belém para que os azulinos voltem à Série B. “Já comemos muita carne de pescoço aqui e faltam 2 jogos dentro de casa. Está na hora de comermos o filé. Precisamos do apoio de todos. Indo para o jogo do acesso, é para mais de R$ 1 milhão de renda, o que vai nos ajudar a pagar os salários e nos deixar bem financeiramente”, encerrou.
Com a promessa de quitar a metade da folha de julho antes da viagem para Fortaleza (CE), a direção azulina já trabalha e estipula uma meta para que a outra parte dos vencimentos seja paga ao elenco.
“Até o jogo contra o América (RN), a gente espera saldar uma folha e começar saldar a outra, para resolver isso o mais rápido possível”, prometeu o presidente André Cavalcante, referindo-se à última rodada da fase classificatória, que acontece dia 18/09.
O mandatário afirmou ainda que todos da diretoria não têm medido esforços para arrecadar o dinheiro necessário.
“Os atletas têm a responsabilidade de fazer com o clube possa somar pontos e subir na tabela. A diretoria tem a contrapartida de prover os atletas de seus salários, assim como os nossos demais funcionários. Isso nos incomoda muito e não temos fugido desta responsabilidade”, encerrou.
Diário do Pará, 06/09/2016