Em recente entrevista, Levy disse que tem consciência das suas limitações técnicas e que trata de compensá-las no preparo físico, para se destacar e garantir o seu espaço. Assim, entre aplausos e xingamentos, ele é titular, tendo na reserva os importados Murilo e Osvaldir.
Com essa consciência e superação, Levy é exemplo do que o Remo precisa para subir à Série B. Afinal, apesar de limitado, o time azulino terá grandes possibilidades de acesso se for aguerrido e determinado. Pode até parecer uma ironia, mas o melhor a fazer é se inspirar no lateral direito.
Ninguém no elenco tem mais rodagem que Levy com a camisa azulina. Ele está no time desde 2008, vindo das categorias de base. Jogou na campanha do rebaixamento do Leão à Série D e ajudou a recolocar o clube na Série C. Agora, sua a camisa pelo acesso à Série B, com significativa contribuição. Só Eduardo Ramos deu mais assistências para gol do que ele nesta temporada.
Aos 28 anos, em meio a aplausos e xingamentos, Levy vai fazendo do seu suor um motivo e tanto para respeito e admiração.
[colored_box color=”yellow”][one_half last=”no”]Fora do jogo contra o Salgueiro (PE), por lesão muscular, o zagueiro Henrique só deve voltar à zaga do Remo na última rodada da fase, contra o América (RN), em Belém, dia 18/09. Tal como Levy, Henrique também é um jogador consciente das limitações técnicas, que se supera na bravura e seriedade. Mais que isso, são jogadores que crescem nos jogos mais decisivos, como também são os casos de Max e Eduardo Ramos.[/one_half][one_half last=”yes”]Ao optar por Allan Dias para o lugar de Fernandinho, o técnico Waldemar Lemos indica que vai manter as mesmas funções táticas na equipe, com Marcinho e Allan Dias na primeira marcação pelos lados do campo e Eduardo Ramos livre para flutuar. A entrada de Allan Dias (1,85m) contribui muito no jogo aéreo, tanto ofensivo como defensivo. O outro ganho no jogo aéreo é o retorno do zagueiro Max (1,87m).[/one_half][/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 02/09/2016