Marcelo Veiga
Marcelo Veiga

Na última segunda-feira (13/06), o diretor de futebol e ex-presidente do Remo, Zeca Pirão afirmou que, por ele, “o treinador do Remo seria Dado Cavalcanti, que é sério, honesto e competente” e que não via resultado no trabalho de Marcelo Veiga. Nesta quinta-feira (16/06), Veiga retrucou.

“Não costumo falar de quem não conheço. Conheço dos erros que ele cometeu, agora da pessoa dele não conheço e não posso falar. A diretoria tomou a decisão de colocá-lo como diretor de futebol. Não tive nenhuma reunião, nenhum contato com ele, nenhuma conversa com ele. Acho que tenho responsabilidade muito grande à frente do Clube do Remo. Tenho tido relacionamento muito bom com a diretoria, com o presidente (André Cavalcante), com Dirson (Medeiros, diretor), Paulo (Mota Júnior, diretor) e o Fábio (Bentes, vice-presidente) e são essas pessoas que tenho tratado no dia a dia”, disse.

“Com o (Zeca) Pirão não tive nenhuma conversa e acho que tem que respeitar as opiniões, né? Se ele tem uma preferência… Só não concordo quando ele falou das qualidades do Dado e o colocou como um cara honesto, né? Ele está falando de uma pessoa que talvez não conheça”, comentou Veiga.

Sobre os “erros” de Pirão, Marcelo foi direto. “Um (dos erros) é claro, né? Ele derrubou o estádio. O Baenão hoje não tem jogo porque na gestão dele, ele derrubou o estádio. O resto, vocês sabem”, disse o técnico remista.

Segundo Veiga, o presidente André Cavalcante teria dito, após a declaração de Pirão, que ele seria afastado do cargo, o que ainda não aconteceu oficialmente por parte do clube.

“Depois que essa declaração foi dada, o presidente me ligou e disse que não participou disso, que é uma opinião dele, isolada e me comunicou que o diretor de futebol estaria fora a partir desse momento. O André (Cavalcante) me deixou tranquilo para fazer meu trabalho e estou fazendo da melhor maneira possível. Essa é minha responsabilidade e obrigação, de fazer esse time ter resultado. Fica até chato falar. Tem mais gente dentro do clube com capacidade de falar o que ele representa”, disse o técnico remista.

O treinador comentou que se Pirão não o quer como comandante do Remo, deveria falar internamente. “Não esperava isso. É uma situação complicada. Se você tem uma diretoria querendo resolver problemas, acho que deveria acontecer internamente. Deveria chegar para o presidente, para mim, e me tirar do cargo e não me expor da maneira que ele me expôs. Então, ele está dando direito para que eu possa ter a possibilidade de falar o que penso também. Se o presidente trouxe o cara, é porque ele deve ter confiança. Falo da situação que ele comentou”, declarou Veiga.

Para o técnico do Remo, o ambiente de trabalho é bom, apesar dos problemas recentes e de um mês e meio de salário atrasado. “Não vejo o Remo conturbado. O trabalho do portão para dentro é tranquilo. As dificuldades que o Remo enfrenta é coisa normal. Não é privilégio do Remo e a diretoria corre atrás para resolver isso, mas o ambiente é muito bom e vocês estão acompanhando, estão no dia a dia. Não vejo problema com o grupo, a direção, pelo contrário. Só houve essa declaração de um dirigente que foi inoportuna”, finalizou o treinador.

Portal Arquibancada, 16/06/2016