Termina no dia 31/07 o segundo prazo de adesão do Profut, programa de financiamento de dívidas federais, que exige adequação de estatutos e uma série de outros compromissos na gestão. Paysandu e Tuna aderiram logo no ano passado, mas o Remo ignorou o primeiro prazo e está atrasado no segundo.
As punições são severas para clubes que não aderirem. A principal é o rebaixamento nas competições oficiais para a temporada seguinte, a não ser que faça a quitação dos débitos à vista. As dívidas federais do Leão Azul estão em torno de R$ 12 milhões.
Está programada para esta segunda-feira (16/05) uma sessão da Assembleia Geral para adequações ao Estatuto do Remo, exigidas pela lei do Profut, mas o grande embaraço no clube é o balanço financeiro dos últimos 5 anos, também exigido pela lei. É que ainda estão pendentes as contas das gestões de Sérgio Cabeça, Zeca Pirão, Pedro Minowa e o primeiro quadrimestre de André Cavalcante.
Ou o Remo resolve essas questões e deslancha o processo do Profut ou sofrerá as sanções previstas na lei. No Campeonato Brasileiro, cairia para a Série D em 2017 ou permaneceria na Série C, mesmo obtendo acesso à Série B. Também cairia para a Segunda Divisão do Parazão e ficaria excluído das demais competições – Copa Verde e Copa do Brasil.
Apesar desse cenário tão escabroso, nem todos estão engajados no trabalho por uma solução. Os omissos são os mesmos de sempre!
[colored_box color=”yellow”]Até 20 anos de prazo no financiamento
O Profut permite financiamento das dívidas federais dos clubes em um prazo de até 20 anos, mas sob rígidos compromissos de responsabilidade na gestão, previstos na lei. Todos os clubes que têm futebol profissional são obrigados a aderir ou quitar seus débitos federais. Isso deverá ter impacto significativo no Campeonato Paraense, observando o amadorismo da gestão na maioria dos clubes do interior. O assunto ainda é visto e tratado por muitos como folclore, na mesma irresponsabilidade com que foram construídas dívidas impagáveis, senão pelo Profut.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 15/05/2016