Ao fazer ajustes no seu Estatuto, na última segunda-feira, 16/05, o Remo deu passo largo para a adesão ao Profut. O próximo será a aprovação de contas das gestões de Sérgio Cabeça, Zeca Pirão, Pedro Minowa e primeiro quadrimestre de André Cavalcante, todas ainda por conta de um parecer do Conselho Fiscal. Restam 72 dias de prazo.
Aderindo ao Profut, como já fizeram Paysandu e Tuna, o Remo terá o financiamento, em até 20 anos, de suas dívidas federais, que estariam estimadas entre R$ 9,4 milhões e R$ 12 milhões, conforme informações ainda desencontradas.
O financiamento dará ao clube a certidão com efeito negativo de débito, que o habilitará a obter verbas públicas através de patrocínios e outros convênios. Não aderir e não quitar o débito, poderia significar rebaixamento nas competições oficiais, além de outras sanções.
A conseqüência mais positiva para o Leão Azul, dos compromissos da adesão ao Profut, será a proteção efetiva contra cartolas aventureiros, irresponsáveis, como os que afundaram o clube em dívidas, vexames e descrédito nas últimas décadas.
No Remo ou em qualquer clube que faça adesão ao Profut, os instrumentos legais vão colocar em risco o patrimônio particular do presidente, dentro do princípio de responsabilidade fiscal, desde que o clube o processe. Não haverá mais espaço para amadores ou incompetentes!
Essa é a proposta fundamental da lei do Profut, em que as autoridades de Brasília (DF) exploraram a vulnerabilidade dos clubes para forçá-los a qualificar a gestão, cobrando esse preço justo, oportuno e providencial para financiar débitos federais que, para a maioria, eram impagáveis.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 18/05/2016