Os 13 minutos finais do jogo de quinta-feira, 30/03, entre Remo e Santos (AP), foram significativos para o atacante João Victor, 23 anos, pois marcou sua reestreia no time azulino após conviver com uma série de lesões, contribuindo para o seu afastamento da equipe. Foi como a estreia dele no Remo, assinalou o pai do jogador, Tadeu Borges.
Após se destacar no Campeonato Paraense da Segunda Divisão, pelo Castanhal, onde foi vice-campeão e artilheiro, com 9 gols em 6 jogos, João Victor voltou para o Baenão com otimismo, acreditando ser o titular na temporada 2017. No entanto, o infortúnio – que nem Freud explica – atacou João Victor desde o começo do ano e o atacante não participou de nenhum jogo de preparação, quando o Remo realizou vários amistosos.
No jogo de estreia do Leão no Parazão, diante do Cametá, João Vistor estava condicionado a ser o camisa 9 no lugar do argentino Nano Krieger, ainda sem preparo físico e técnico para jogar. Contudo, na recreação da véspera, se lesionou e voltou ao Departamento Médico, onde passou ser hóspede constante e virou até piada entre os companheiros.
“Brincavam comigo, mas me sentia revoltado pela situação. Quando esperava estar pronto para jogar novamente, sofria algum tipo de lesão. Situação chata que vivia no elenco”, lembrava.
Lá pela metade do mês de fevereiro, o medico Ricardo Ribeiro, vice-presidente do clube, comentou o problema do atacante, revelando as várias lesões no ano. “Partimos para uma bateria de exames para se ver a causa das lesões. Foi feita a parte odontológica e eliminamos 2 focos dentários. Fomos para parte clínica e depois para parte fisioterápica”, contou.
“Hoje, estou recondicionado e pronto para jogar”, comentou João Victor, que segundo o médico Ricardo Ribeiro, acumulou várias lesões grau 1 e grau 2, tanto na coxa direita, como na coxa esquerda.
“Durante o mês passado, fizemos o check-up, toda esse bateria, tratando dele da cabeça para baixo e para cima, cuidando das lesões dele”, revelou o médico.
A força guerreira de João Victor o fez voltar ao trabalho antes do tempo previsto e todo cuidado e zelo pelo jogador, segundo Ricardo Ribeiro, é pelo potencial técnico do atacante, jovem e promissor em sua carreira. “É um jogador novo, do Remo, que vai dar muitas alegrias para o nosso torcedor”, projetou.
“Tive a infelicidade de me machucar na pré-temporada e ficar de fora dos treinamentos por muitos dias. Agora, já me encontro clinicamente bem. Fiz trabalho de fortalecimento na academia, além do treino físico e com bola no campo, com o professor Robson Melo. Estou bem e preparado para a competição. Se o técnico Josué quiser, estou pronto para ajudar na segunda-feira (03/04) em Macapá (AP)”, garantiu.
Com a recuperação de João Victor, o técnico Teixeira conta agora com Val Barreto, Gabriel Lima e Edgar, além de Felipe no ataque. Apesar do respeito pelos colegas, João diz que estar pronto para assumir a camisa 9, lembrando que Jayme e Nano Krieger continuam em tratamento no DM.
Relembrando a temporada 2016, João Victor conta que teve um ano abençoado, onde cresceu profissionalmente e está otimista para alcançar suas metas em 2017. “Estou confiante, trabalhando bastante para que possa ajudar o Remo a alcançar seus objetivos. Sei da qualidade do Jayme, do Nano, assim como a grandeza do Remo. Sei da cobrança que existe, mas me sinto preparado para repetir o desempenho da Segunda Divisão e dar alegrias para os torcedores. Estou pronto para assumir essa responsabilidade”, destacou.
Na Série C de 2016, João Victor foi o herói do jogo contra o River (PI), marcando o gol da vitória azulina, de cabeça. Em sua nova fase, o atacante enfatiza o apoio da família, sobretudo do pai, Tadeu Borges, ex-jogador de futsal.
“Meu pai nunca deixou de me apoiar. Meus amigos também e tenho certeza que vão ficar mais alegres quando começar fazer os gols pelo Remo” avisou.
O Liberal, 02/04/2017