Oliveira Canindé
Oliveira Canindé

Cada treinador tem seus métodos e suas manias. Oliveira Canindé, chegou essa semana no Remo e ainda está aprendendo sobre a característica e qualidade de cada jogador do seu plantel, mas ao mesmo tempo, também surpreende com suas manias. Nos treinos táticos e coletivos, por exemplo, o técnico não costuma parar o trabalho por conta de faltas.

“Digo para eles que não adianta parar e olhar para mim, porque digo: ‘O que gosto de ver é isso! Os jogadores indo para o embate, querendo brigar pela jogada’, mas é preciso que o jogador tenha consciência da sua responsabilidade, dos seus limites”, explicou.

Ex-volante voluntarioso, Canindé afirma que a falta do apito durante os treinos tem finalidades educativas e visa jogar para o próprio jogador a responsabilidade dos seus atos em campo.

“Ele tem que saber até que ponto pode colocar energia e força no choque, porque no treino, como no jogo, se você exagera a dose, vai expulso e prejudica o time”, comentou o técnico, acrescentando que a questão da solidariedade com colegas de profissão é levada em conta.

“Se ele agredir um companheiro no treino e ele se lesionar, não está prejudicando apenas o colega, mas toda equipe. Além do mais, é preciso ter em mente que do outro lado tem um pai de família, tem uma pessoa com suas responsabilidades e obrigações. Se você começa a distribuir tapas nos seus colegas de equipe, vai fazer isso sem medo nos adversários também e prejudicar muita gente”, concluiu o treinador.

Diário do Pará, 17/06/2017