Para os torcedores remistas, mais importante que degustar a dramática classificação à decisão do Estadual, é refletir sobre as circunstâncias. A virada no placar sobre o Independente foi a vitória do compromisso de profissionais dignos, fiéis ao comandante Josué Teixeira, depois que o time ganhou uma filtragem indesejada.
O Remo precisava passar por isso, para valorizar mais os guerreiros e cobrar mais do “pseudo-ídolo” Eduardo Ramos. “Pseudo” pelo histórico de conduta nada profissional, repetida na lesão que o tirou de campo nas últimas semanas e, assim mesmo, defendido por muitos. Para Eduardo Ramos, fica a constatação de que ou se enquadra ou não cabe nesse e em nenhum time “operário”.
Para o Remo, finalmente uma lição na glória. Josué Teixeira se posicionou com firmeza, mostrando claramente que não aceita estrelismo de nenhum dos seus comandados. O grupo abraçou o técnico, resgatou a bravura, mostrou o valor da força coletiva e incendiou a decisão estadual, com 2 clássicos Re-Pa que tendem a ser ardentes.
[colored_box color=”yellow”]Entre um Re-Pa e outro da decisão estadual, viagens do Paysandu à Santos (SP) e Cuiabá (MT), para jogos da Copa do Brasil e Copa Verde, respectivamente. Isso deve causar problemas físicos ao time bicolor, visto que os clássicos serão intensos. O time remista tem foco exclusivo no Parazão e tempo para recuperação dos atletas.
O intervalo de 10 dias entre os jogos contra o Independente já teve efeito nos azulinos. O repouso e a recuperação das fibras musculares tornaram vigoroso e muito valente um time que vinha sendo apático. O bom estado físico deu suporte ao espírito de superação e ao ressurgimento do time “operário”. Agora, providencialmente, a comissão técnica azulina ganha o fisiologista Érick Cavalcante.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 25/04/2017