Eduardo Ramos parece estar assimilando o papel de coadjuvante no time “operário” do Leão Azul. Já não prende tanto a bola, não faz questão de cobrar todas as faltas, escanteios e pênaltis, aceitou a camisa 8 para Flamel continuar com a 10 e está participando mais da marcação.
Conduta de operário? Aparentemente, sim. Vejamos domingo (26/03), no Re-Pa, mas é inegável que a chegada de Eduardo Ramos fez Flamel se soltar, ao dividir a atenção dos marcadores.
Nos times anteriores, Eduardo Ramos era o “pianista” e todos os outros carregavam o piano para ele tocar. Agora, as cobranças são para que ele também seja carregador, seja mais um operário. Só o tempo vai dizer se Eduardo Ramos está mesmo mudando a mentalidade. Aos 30 anos, ele ainda tem tempo para explorar seu talento.
Flamel, aos 33 anos, precisa aproveitar o momento, que é singular em toda a carreira dele. É um meia que explora muito bem os lados do campo nas ações ofensivas.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 23/03/2017