Eduardo Ramos iniciou, esta semana, sua 3ª passagem pelo Clube do Remo com o pé direito. Ele entrou no intervalo da partida contra o Pinheirense e, aos 30 minutos, marcou de cabeça o gol de ratificou vitória do Leão.
Nesta terça-feira (14/03), o meia falou sobre o retorno à equipe paraense, da conversa com técnico Josué Teixeira e da sede que ainda possui em conquistar títulos às vésperas de completar 31 anos de idade.
“Primeiramente, é com muita alegria que retorno a Belém. Me sinto honrado de estar vestindo a camiseta do Remo novamente. Foi uma estreia bacana, com vitória e com gol. Me sinto muito feliz, motivado. A expectativa é de que a gente possa estar crescendo cada vez mais e dando o nosso melhor dentro de campo”, iniciou o jogador.
Apesar de desembarcar em Belém sob a desconfiança de alguns torcedores, o currículo de Eduardo Ramos no Remo é vitorioso. Em 91 jogos vestindo a camisa azulina, ele balançou as redes 23 vezes, deu 25 assistências, conquistou 2 títulos estaduais e, em 2015, subiu com o Leão para a Série C do Brasileirão. Eduardo espera continuar fazendo jus ao histórico.
“Para ser muito sincero, se for fazer o balanço do meu período no Remo, acho que ainda é positivo, por todas as dificuldades que a gente enfrenta. O ano passado foi muito conturbado no extracampo, as coisas não caminhavam, salários atrasados. Infelizmente, a gente não conseguiu caminhar as coisas da melhor maneira possível, mas serve de aprendizado. Acho que a gente vive de momento. Espero que esse ano, pelo menos da minha parte, possa ser melhor que o ano que passou, que marcou muito para mim porque tinham 7 anos que não passava em branco, sem nenhum título ou acesso. Desde 2008, sempre conseguia algo. Isso me incomodou bastante e acho que fica aí um algo a mais para eu poder buscar me sobressair, dar o meu melhor, para que a gente possa conseguir os objetivos desse ano”, contou o armador.
Poucas horas após desembarcar em Belém, na madrugada de quinta-feira (09/03), Eduardo já estava treinando no Baenão. Foi quando conheceu o técnico Josué Teixeira, com quem teve uma conversa séria. Ele afirmou que, mesmo com o status de ídolo, não terá regalias no Remo.
“Foi algo bem claro. Entendi a filosofia de trabalho do professor Josué, aquilo que ele pretende, mas no futebol também não adianta ter só mão de obra, a gente sabe que precisa caminhar as duas coisas. Sei bem o que ele (Josué Teixeira) pretende e, da melhor maneira possível, pretendo dar o meu melhor e estar ajudando”, disse.
“Sei o momento que o clube passa em questões financeiras. Está um pouco mais difícil ainda, a cada ano que passa dificulta, mas fui muito sincero, não quero ter vantagem e nem privilégio algum, quero trabalhar igual a todos, buscar meu espaço e fazer aquilo que mais amo, que é jogar futebol”, explicou Eduardo.
Confira outros trechos da entrevista com Eduardo Ramos:
Desligamento do Santo André
Na verdade a gente buscava uma classificação (no Campeonato Paulista), que depois do último jogo não seria mais possível, encerraria o ciclo dia 28/03, com o último jogo (da primeira fase). Teria o mês de abril todo praticamente parado, e aqui (no Remo) surgiu a possibilidade de estar disputando as finais (do Parazão) e a Copa Verde inteira. Isso motivou muito a minha volta, poder chegar e ter a possibilidade de conquistar títulos mexeu muito comigo. Teve o acordo com a diretoria e deu tudo certo.
Plantel azulino
Se fala muito em grupo humilde, não só dentro de campo, mas também fora dele. Tem a questão salarial, da nossa folha. Já joguei em times humildes e também consegui chegar, então isso não é desculpa. O grupo que está aqui vem mostrando que quer vencer e espero fazer parte e contribuir bastante para o nosso sucesso.
Jogar ao lado de Flamel
Acho que não influencia. O professor deve ter em mente aquilo que pensa, que é melhor para o grupo render. Estou me preparando para buscar meu espaço. Sei daquilo que posso fazer, ajudar, então isso a gente deixa para o Josué Teixeira.
Globo Esporte.com, 14/03/2017