O Remo ainda está em um estágio preliminar de parceria com o Esporte Interativo. Com os demais clubes, como o Paysandu, a empresa fez contrato de exclusividade (2019 a 2024) nos direitos televisivos e pagou luvas. Na relação com o Remo, o canal de TV tem “um pé atrás” por não ver o clube evoluir. Por isso, prioriza a intermediação de parceria do Remo com outro investidor, para revitalização do Baenão. A intenção é contribuir para que o Remo decole e passe a valer a pena como investimento mais adiante, nos direitos televisivos.
Enquanto o Leão estiver na Série C, o EI não terá obrigação de pagar pelas transmissões. Em um caso à parte, o Fortaleza (CE), ainda na Série C, recebeu R$ 3 milhões pelo contrato de exclusividade, tal como seu rival, o Ceará (CE), que disputa a Série B. A empresa fez o investimento porque viu no time cearense todas as condições de subida à Série B, campeonato que irá transmitir a partir de 2019.
O Fortaleza (CE) já subiu este ano. O Remo precisa subir para usufruir, já que, na visão da empresa, ainda não mostrou organização que indicasse capacidade de conquista do acesso. Para o EI, o Remo desperta grande interesse pela torcida, pelo potencial de audiência, mas o amadorismo das gestões pesa contra.
Clubes que já estavam na Série B, como Paysandu e Ceará (CE), receberam investimento da emissora dentro de uma perspectiva de ascensão à Série A. Afinal, a partir de 2019, o Esporte Interativo passará a transmitir não só a Série B, mas também a elite, junto com os canais globais. Os contratos já asseguram elevação de cotas na ascensão.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 11/10/2017