O médico do Remo, Jorge Silva falou sobre a situação de João Victor, novamente lesionado. Em um “rachão”, o atacante acabou sofrendo outro baque e agora sem tempo estimado para voltar a treinar.
“Estamos realizando um trabalho diferenciado com o João Victor, pois é um cara de 21 anos e não tem o porquê de ter essas lesões em série. Desde a base para o profissional, o Joao Victor vem enfrentando contusões. Aos 17 anos, teve uma lesão de cruzado anterior, fez cirurgia e passou de 6 a 8 meses em recuperação. Depois da sua volta, começou a ter lesões musculares e, diante dessa situação, iniciamos um tratamento diferenciado, vendo a parte fisiológica, da musculatura dele, realizando outros exames para se ter uma condição melhor para colocá-lo em campo”, disse o médico.
“A maioria dos atletas que temos com lesão grau 1 ou grau 2 passa no máximo 10 dias em tratamento. Por exemplo, o Renan (Silva) cuja idade é superior à de João Victor, já está liberado da lesão grau 1 e está no campo para o trabalho de transição. Por isso, estamos cuidando do João Victor para tentar resolver esse seu problema de constantes lesões. Tudo que for necessário, será feito. Mesmo quando o João Victor voltar aos treinos e acusar nova dor”, informou.
“João Victor está sendo acompanhado fora daqui, na clínica do doutor Ricardo (Ribeiro, médico e vice-presidente do Remo). Acredito em pouco tempo o João Victor volta aos treinos”, completou Jorge, que preferiu não definir um tempo para o jogador voltar às atividades normais.
“Nas lesões musculares, você dá uma média de tempo, mas nem sempre é exata. Por exemplo, o João Victor. Temos visto que mesmo preconizando um tempo de recuperação da lesão grau 1 ou 2 com ele, fica mais difícil. Então, agora não podemos dizer num espaço de 20 dias se já estará bom. Agora não temos pressa em entregá-lo ao campo. Depois de todo o procedimento, João Victor será devolvido aos treinos para não voltar tão cedo ao Departamento Médico”, comentou, afirmando que o jogador também passa por tratamento emocional e psicológico.
“Nesta parte da vida, ela entra, sobretudo se o jogador tiver patologia clínica, achando que não voltará. Isso atrapalha, mas não podemos afirmar que a parte emocional seja responsável pelo processo. Existe a lesão muscular e estamos investigando e tratando”, concluiu.
O Liberal, 21/02/2017