Nano Krieger e Josué Teixeira
Nano Krieger e Josué Teixeira

O Remo viveu um fim de semana conturbado, com boatos circulando pelo Baenão dando conta da demissão do técnico Josué Teixeira e substituição de alguns integrantes da Diretoria de Futebol. Até nomes foram evidenciados como futuros comandantes do futebol azulino, mas o presidente Manoel Ribeiro agiu rápido e abafou qualquer indício de crise no clube, após sucessivos resultados negativos.

Nesta segunda-feira (17/04), Manoel Ribeiro deve ir ao Baenão para conversar com os jogadores. Segundo informações de bastidores, o dirigente vai querer ouvir uma explicação do elenco pelo baixo rendimento da equipe nos últimos jogos. Em 5 partidas, o Remo venceu apenas 1.

Bancado pelo presidente, Teixeira promete um time mais ofensivo para o confronto decisivo contra o Independente, após a derrota por 2 a 0 no jogo de ida.

“O Remo deve se impor muito mais do que foi em Tucuruí para vencer o jogo de domingo (23/04)”, avisa o técnico, que inicia a semana de trabalhos para o confronto. Por ora, o Remo está se segurando como pode para evitar mais uma eliminação neste primeiro semestre, já marcado por decepções na Copa do Brasil e
Copa Verde.

Para o jogo de volta, Josué diz que o Remo será mais organizado, mais compacto, mostrando uma boa estrutura de equipe. O ponto de vista do técnico é baseado na recuperação dos jogadores titulares, que estavam fora do time há várias partidas. “Vamos nos apresentar mais organizado taticamente”, prometeu.

O técnico ficou sabendo que em 2014 o Remo despachou o Independente marcando 4 a 0, depois de perder o jogo de ida por 3 a 0. “Aquele foi outro jogo, outro momento. O Remo jogou no Baenão, mas agora é no Mangueirão. É muito diferente”, analisou.

Josué aponta a diferença entre Remo e Independente, destacando inicialmente o campo de Tucuruí, onde diz que não é problema do clube, mas que possui um gramado não permite bom futebol e um bom gramado é fundamental para um jogo de alto nível.

“Estão alegando que os times são ruins, mas não. O campo não ajuda. O gramado dificulta qualquer time, sobretudo aqueles com fino trato na bola”, falou.

Ainda ressaltando o jogo com o Galo, Josué questiona o trabalho do bandeira Hélcio Araujo Neves que “não viu” o impedimento de Monga, no lance do segundo gol do Galo.

“Entra a questão do Remo valer sua condição de time grande. Esse bandeira, pela 3ª vez, está em um jogo do Remo e sempre criando embaraço para nós. Ele conseguiu ver impedimento do Léo Rosa no Re-Pa, mas não viu o do Monga neste jogo. Não adianta a gente pontuar algumas questões e deixar esta de lado. Nada contra o árbitro, que foi muito bem, mas o bandeira errou e erra sempre contra o Remo. Tem que ser dito alguma senão ficamos nessa pendência. Algo tem que ser revisto. Não sou de fazer menção ou critica aos árbitros, mas às vezes é preciso chamar atenção”, argumentou.

Josué diz que o trabalho no Remo não é de momentos pontuais, mas de tempo inteiro, diário e que, por isso, sofre consequências de lesões e suspensões, desfigurando o time em sua totalidade.

“Sabíamos desde começo que íamos passar por momento desse. Sofremos e, aliás, continuamos a sofrer com desfalques. Nessa semifinal, o Independente está com time montado, completo, sem lesão, sem nada. O time que vinha jogando foi o titular e o Remo como foi, todo mudado. Para domingo (23/04), ainda estamos sob risco de ter o time incompleto”, ressaltou o treinador.

O Liberal, 17/04/2017