Depois de 12 anos, Léo Rosa (31 anos) voltou para casa, cheio de moral, confiante em ter conquistado seu espaço no futebol como lateral-direito, posição alçada com sucesso desde que ganhou passe livre do Clube do Remo, em 2005.
Léo Rosa conta com uma lista extensa de clubes na sua carreira. O Remo é o mais recente. Em 2016, Léo Rosa serviu ao Castanhal no Campeonato Paraense da Segunda Divisão, onde foi vice-campeão.
No Baenão, sua primeira casa no futebol paraense, Léo Rosa se diz bem ambientado, sobretudo por ser desejo dos pais, José e Marli Rosa que gostariam de vê-lo novamente com a camisa do Leão Azul. “Deu certo e me vejo novamente aqui, pronto para a luta com toda força”, disse.
Léo Rosa é um dos pontos estratégicos do técnico José Teixeira nas jogadas pelas beiradas do campo, mas neste Re-Pa, não se sabe se vai ter a liberdade de atacar como gosta de fazer, sua característica forte. “Vai depender muito da estratégia do nosso treinador, mas estou preparado para o jogo. Quero ter a mesma liberdade para ir para cima”, apontou.
O Re-Pa deste domingo (12/02) não se trata do primeiro na sua vida de Léo Rosa. Logo após sair do time de base do Leão, Léo encarou um Re-Pa pelo Campeonato Brasileiro da Série B de 2006, vencido pelo rival por 2 a 0.
“Se não me engano, os gols foram do Balão”, conta, lembrando que o titular azulino era Marcos, que se machucou e teve de ser substituído. “O treinador era o Flávio Campos, joguei com Maico Gaúcho, estava subindo. Nos outros jogos, fui reserva. Durante todo o segundo semestre daquele ano, fui titular da lateral azulina”, comenta.
Tranquilo e calmo, ciente da responsabilidade, Léo Rosa garante que tudo está sob controle para o Remo jogar bem. O lateral reconhece o peso do Paysandu como time encorpado e com jogadores experientes.
“Pode existir essa diferença, mas em um Re-Pa as forças se equiparam. Basta a bola rolar para ficar tudo igual. Aposto em um jogo estudado. São treinadores estrategistas que vão querer armar seu jogo conforme o avanço do rival. Até no Re-Pa de peteca não tem diferença, é brigado, disputado, sem vantagem”, falou.
Léo Rosa não aceita a crítica em cima do Remo, segundo a qual o Leão baixou seu volume de jogo como aconteceu contra o Pinheirense e São Raimundo. “Todos viram que jogamos em cima deles. Não levamos sorte em marcar gols. Na verdade, marcamos um no São Raimundo e foi desmarcado pela arbitragem. O time não caiu de rendimento, vamos provar no domingo”, explicou.
Léo não é do tipo de fazer promessa. “É ter Deus em tudo para alcançar sua graça, entretanto, o Remo vencendo, vou dedicar a vitória à minha filha Letícia Rosa, de 5 anos, torcedora azulina, pelo apoio que recebo dela”, aponta.
O Liberal, 12/02/2017