Remo 0x1 Salgueiro-PE (Eduardo Ramos)
Remo 0x1 Salgueiro-PE (Eduardo Ramos)

Ao insistir em encaixar no time as peças mais badaladas do Remo, Oliveira Canindé foi injusto com quem merecia mais espaço (Gabriel Lima, por exemplo) e ineficaz na sua função, mantendo o time totalmente vulnerável e desconexo.

Vejamos se Léo Goiano terá discernimento e autoridade para colocar o Remo acima da vaidade de quem se julga “intocável” no Baenão. Se terá personalidade para enfrentar as críticas de quem coloca nomes acima da funcionalidade do time.

O Remo jamais será consistente com Eduardo Ramos, Pimentinha e Edgar juntos, sem participação ativa na marcação. Jamais será consistente com a lentidão de Leandro Silva, Bruno Costa e Tsunami na linha de zaga. A falta de dinamismo faz o time se arrastar nas ações de recomposição do sistema defensivo. Como dá muitos contra-ataques e demora demais a recompor a estrutura da defesa, o Leão dá tanto trabalho ao goleiro Vinícius e tanto sofrimento aos torcedores.

Assim, letárgico, é impossível ser competitivo. O Remo é a negação dos avanços táticos no futebol. Em tempo de “futebol apoiado”, o time azulino tem peças distantes e abusa dos chutões, geralmente buscando a velocidade de Edgar.

Léo Goiano precisa mudar muito mais que a escalação e a formatação. Tem que mudar os conceitos. A questão é se vai ou não vai conseguir.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 12/07/2017