Edgar e Léo Rosa
Edgar e Léo Rosa

Assumir o posto de um profissional que não chegou a completar um mês à frente do seu trabalho é uma situação delicada. O trabalho de preparação física exige tempo para conhecer a condição física de cada atleta e o clima da região, para colher os primeiros resultados.

Por tudo isso, os 3 dias de Roberto Farias Figueredo à frente da preparação física azulina, assumindo o posto que Walter Grassmann comandou por 17 dias, têm sido de reuniões e pesquisa para descobrir as condições atuais do elenco azulino. Apesar do pouco tempo, Roberto diz que tem a sensação que um bom trabalho vem sendo desenvolvido dentro do clube.

“A preparação física foi muito contestada nesse primeiro semestre, mas apesar da sequência de lesões que o time passou no começo, no momento o DM só tem um jogador se recuperando, que é o Henrique, por conta de uma torção no tornozelo. Se as condições não eram boas, acredito que foram ajustadas”, comentou.

Sobre o fato de alguns jogadores, já nesse Brasileirão, chegarem e partirem para o jogo com poucos treinos, ele comenta que o desgaste era inevitável nessa situação.

Apesar de muito polêmico, no entanto, o preparador afirmou que o comportamento extracampo dos jogadores não entra no seu rol de preocupações e disse conhecer a fama que cerca alguns atletas azulinos, como o artilheiro Edgar.

“Esse, em específico, foi até atleta nosso, no Sampaio Corrêa (MA). Acho que na vida extracampo do atleta, ele fica à vontade para fazer o que quiser, desde que não se prejudique no trabalho. A intensidade do nosso treino é sempre lá em cima”, comentou.

Sem falso moralismo, Roberto afirma que o jogador precisa ser consciente sobre seus limites e o quanto vai prejudicar os treinos e, com isso, o grupo, quando não se preserva.

“É claro, se for um jogador com mais idade, vindo de algum problema físico ou algo assim, a gente faz uma atividade diferente, tem que levar em conta isso, mas um jogador em plenas condições não vai ser ‘aliviado’. Se não se cuidar bem, o trabalho vai apontar isso e ele vai se prejudicar e perder espaço”, definiu.

Diário do Pará, 16/06/2017