Léo Goiano
Léo Goiano

Times pressionados na luta por classificação ou para evitar rebaixamento tendem a ser mais competitivos nessa reta decisiva da Série C. É o caso do Remo, que tem a força da torcida e a obstinação dos atletas, na oportunidade de fazer dinheiro nesse fim de temporada. Por outro lado, o Sampaio Corrêa (MA) vem a Belém com o conforto da classificação antecipada.

Salgueiro (PE) e Cuiabá (MT) também vivem clima de superação, mas na próxima rodada serão visitantes. O time pernambucano joga em Maceió (AL), contra CSA (AL) que, apesar de classificado, terá as cobranças da torcida pelo retorno ao 1º lugar. O time matogrossense, em São Luis (MA), vai fazer o jogo mais tenso da rodada, contra o Moto Club (MA), que luta contra o rebaixamento.

Missão dificílima também para o Fortaleza (CE), em Aracaju (SE), contra o Confiança (SE), que está em plena ascensão e ainda sonha com a classificação, apesar de ter chances remotas.

Esse é o momento do campeonato em que o suor, a cumplicidade e a concentração tendem a ser mais decisivos que o talento. Times mais pressionados vão jogar mais ligados, mais aguerridos. O fator “casa” é uma grande vantagem, que será do Remo no próximo sábado (02/09) e do Salgueiro (PE) – contra o Leão – na última rodada.

Ainda bem que o time azulino pode ir a Pernambuco já classificado, se vencer o Sampaio Corrêa (MA) e for favorecido por derrotas de Cuiabá (MT) e Salgueiro (PE) e até por um empate do Confiança (SE).

[two_third last=”no”][colored_box color=”yellow”]Iminência de classificação na Série C significa também um possível reposicionamento do Remo nas negociações da parceria com o Esporte Interativo. A empresa deu um freio por causa da campanha irregular do Leão na temporada, mas se conquistar o acesso à Série B, o Remo deverá voltar às negociações em outro patamar, pleiteando bem mais que o valor anteriormente alinhavado. Isso é mercado!

Subir à Série B significaria para o Leão os R$ 5 milhões de cota na próxima temporada, um contrato bem valorizado na venda dos direitos de televisão, impulso no programa ST Nação Azul e um “gás” imediato com bilheteria. Enfim, seria um salto para o ajuste da vida financeira, desde que ocorresse também um salto de gestão. Do jeito primário que funciona hoje, a subida corre o risco de ser só um “bate e volta”.[/colored_box][/two_third][one_third last=”yes”][colored_box color=”yellow”]Classificando-se ao mata-mata do acesso, o Remo provavelmente teria como adversário o São Bento (SP), do técnico Paulo Roberto Santos, que teve desastrosa passagem pelo Paysandu, em 2007, ou o Tupy (MG), de Ailton Ferraz, ex-jogador do próprio Remo. Em 2015, Aílton chegou a vir a Belém e se colocar à disposição do Leão como técnico, quando o Remo havia contratado Zé Teodoro.[/colored_box][/one_third]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 30/08/2017