Remo e os “rejeitos” do Sampaio

Na mineração, “rejeito” é o resíduo sólido para o qual foram esgotadas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem. O Remo precisou ser generoso com Edgar para mantê-lo no elenco por 8 meses, apesar de tudo o que aprontou com o seu vício (alcoolismo). O clube azulino poderia ter servido de tábua de salvação também para Pimentinha, que teve atitudes de irresponsável e o abandonou.

É por isso, sem intenção de desrespeitar as pessoas, que Edgar e Pimentinha são tratados como “rejeitos” do Sampaio Corrêa (MA), absorvidos pelo Leão nesta temporada, para algumas boas jornadas e graves problemas.

Valeu a pena? Alguns dirão que sim e outros que não. Edgar e Pimentinha valem reflexão para os remistas.

Quando o Remo abre as portas e recebe com festa jogadores dos quais o Sampaio precisava se livrar, é porque está muito mal cotado no mercado e precisa se valer do prestígio de alguém para fazer boas contratações e formar um time vitorioso. O ideal é que esse alguém seja o executivo de futebol, um profissional com credibilidade e relacionamento no mercado.

Maico Gaúcho, que já foi sondado, teria esses requisitos e a vantagem de ser um xodó da torcida, pelo que fez como atleta do Leão em 2006.

[colored_box color=”yellow”]Jurídico do Remo de prontidão para medidas contra Pimentinha, pelo abandono de emprego. Dois jogadores se deram mal pela mesma atitude. O meia Gileno foi condenado a pagar R$ 50 mil ao Remo, mas nunca foi localizado pelos Oficiais de Justiça. Lopes não ganhou o que buscou na Justiça do Trabalho porque o Remo provou que o goleiro chegou a jogar um amistoso pelo Fortaleza (CE) quando ainda tinha contrato com o clube paraense.

Pimentinha passou 3 meses no Remo, com salário de R$ 20 mil. Recebeu R$ 55 mil. A tendência é que haja acordo entre as partes, mas se for necessário, o Remo irá à Justiça contra o jogador.[/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 15/09/2017