A expectativa da torcida azulina gira em torno do novo elenco do Leão para a temporada de 2018. O recomeço das atividades do futebol profissional está marcado para esta segunda-feira (04/12), em um evento interno, sem o acesso de imprensa e torcedores. Jogadores e comissão técnica estarão no Baenão, a partir das 15h30, para o primeiro contato oficial. Na terça-feira (05/12), em local a ser confirmado, haverá a apresentação de todo o elenco à imprensa e aos torcedores azulinos.
O elenco de 2017 foi desfeito e dele apenas Jayme, Vinícius, Gabriel Lima, Dudu e Martony permanecem no Leão. Até na diretoria de futebol teve mudanças. Em 2016, quando Manoel Ribeiro foi eleito presidente foram nomeados para o Departamento de Futebol o advogado Marco Antônio Pina, o “Magnata”, e o conselheiro Sérgio Dias.
Ao término do Campeonato Brasileiro da Série C, ambos renunciaram devido ao fracasso azulino, que participou de 4 competições oficiais, não conseguindo sucesso em nenhuma.
A desastrosa temporada permitiu mudanças substanciais no futebol profissional azulino. Agora sob a direção de Milton Campos, conhecido por suas atividades politicas, e de Antônio Miléo Júnior, advogado que concorreu à presidência azulina em 2016 e foi derrotado por André Cavalcante.
Na campanha presidencial, Miléo Júnior dizia que seu objetivo, caso fosse eleito, seria trabalhar com transparência, iniciar uma gestão profissional para o Remo ter um executivo de futebol, diretor financeiro e administrativo.
Hoje, o Remo conta com esses profissionais no seu Departamento de Futebol, que passou ser autônomo. A nova estrutura está formada e a torcida sempre esperando e acreditando no retorno do Leão à Serie B.
“É nosso objetivo”, disse Milton Campos, que fez parte da equipe de 2015, que levou o Remo de volta à Série C, depois de muito sofrimento na Série D. “Estamos formando um time competitivo e que podemos pagar em dia”, prometeu.
O Remo terminou sua participação na Série C deste ano devendo salários para a maioria dos jogadores. Com uma folha mensal que iniciou o ano em R$ 180 mil, esse valor foi aumentando com a chegada de reforços para o Brasileirão e, no fim da competição, o montante salarial estava acima dos R$ 350 mil.
No momento, estão sendo efetuados acordos com os atletas dispensados. Segundo Milton Campos, o Remo não pode ter jogador com salário de R$ 25 mil.
“Hoje não temos condições de pagar salários altos. A realidade financeira permite tocar o barco conforme o nosso orçamento. Não dá para enganar a torcida, trazendo jogadores caros com futebol limitado”, concluiu.
O Liberal, 03/12/2017